Paolo D'Aprile
Fome, miséria e governo genocida. Meu povo resiste!
Meu povo resiste. Submetido ao sofrimento atroz durante séculos de abusos inimagináveis sobre os quais foram fundadas as regras de convivência, filho do estupro colonial, filho do chicote, da marginalização, da negação de direitos, meu povo resiste. Através de uma organização desorganizada e caótica, esporádica, mas ao mesmo tempo capilar,… »
Carregadores do mundo, uni-vos!
Não quero que acabe. Que tudo acabe desse jeito medonho. Sempre soube. Afinal, todos sabem o rumo que a vida toma. Sem essa de destino. Não me venham encher o saco agora. Se vive do jeito que se escolhe viver, mas isso não. Isso eu não queria. Aprendi a fugir… »
Bolsonaro Genocida
OLHARES Por Paolo D’Aprile Bolsonaro genocida. Se o irmão do ministro da saúde fosse acusado de estupro. Se o processo estivesse atolado na papelada burocrática há décadas. Se as vítimas, menores de idade, o tivessem reconhecido. Se quando foram pegá-lo… »
Guia prático do ódio
Muita gente na favela. A única sala do Posto de Saúde, lotada desde cedo. Finalmente alguém organiza a fila, mas a tentativa de colocar ordem na alegre bagunça dura pouco: tomados por um anseio irreprimível, todo mundo quer ver de perto, tocar, participar e, principalmente, carimbar a mão… »
A luz acesa
OLHARES Por Paolo D’Aprile Mil anos atrás recebi o convite para escrever um artigo sobre o nosso trabalho. Contei de um menino aninhado em um caixote de papelão com um buraco de bala na perna, a infecção, o pus. Contei que a polícia em… »
LULA, A BATALHA CONTINUA
OPINIÃO Por Paolo D’Aprile Ainda não acabou. Na verdade, está recomeçando tudo de novo. E pode ficar ainda pior. A notícia, pegou o Brasil de surpresa, após cinco anos, ninguém esperava tal decisão: os julgamentos contra o ex-presidente Lula foram anulados. As… »
Aruká Juma, o último
OPINIÃO Por Paolo D’áprile Caetano Veloso escreve e canta a epopeia de um índio. “Índio” no sentido de indígena, natural da terra, nativo originário, herdeiro daqueles homens e mulheres que atravessaram o Estreito de Bering e povoaram as… »
CRÔNICA | Muitos anos depois e o reencontro
Havia um homem ruivo que não tinha olhos nem orelhas. Ele também não tinha cabelo, de modo que só poderíamos chamá-lo de ruivo condicionalmente. Ele não podia falar porque não tinha boca. E também não tinha nariz. Não tinha sequer pés e mãos. Não tinha barriga, não tinha costas, e… »
Onde o azul é mais azul
Como o verso da canção, na luz intensa do sol a sublinhar contrastes, luz exaltando as cores, luz que envolve o mundo em constante mudança, sempre igual a si mesmo. Onde o azul é mais azul, como no fio do horizonte, onde a imagem do céu se espelha… »
Chick Corea: uma vida muito além do piano
Ganhei o ingresso de um amigo. Fui. E estou lá até hoje. Daquela sala de concerto nunca mais sai. Minhas perguntas continuaram sem resposta, como notas agudas suspensa no infinito, como um acorde dissonante sem resolução harmônica. No palco, o piano de cauda. Duas mãos imensas a desvendar mundos, abriam… »