POEMA

 

 

Por C.Alfredo Soares

 

 

A chuva chovia

Molhava o gado

Enchia o lago

Molhava a cara

molhava a terra preta

Seguia célere escorregando pro valão

Tornando o barro escorregadio

O caminho traiçoeiro

Revelando as pedras do caminho

 

Chovia

Tudo parecia mais verde

E era

Os pássaros aninhavam

Os cachorros não latiam

Só o trovão se ouvia

Ao redor a paisagem molhada

Lavando a vista mal acostumada

À terra seca que antes havia

Tamanha era a beleza daquele dia

Oh, chuva torrencial

Que penetra na terra

Que busca a semente no ventre do chão

Que faz o solo ceder

Renovando as esperanças nos frutos a florescer

Chuva volte logo

Nos dê de beber

Regue nossos dias inteiros

Matando a sede de viver