Cheja Abdalahe, ativista saharaui pelos direitos humanos e pelo direito à independência do seu povo, declara, nesta entrevista, que o mais importante para todos os seres humanos é a liberdade.

Militante pela independência e liberdade de seu povo – o Saara Ocidental, a última colônia da África – Cheja também defende os direitos das mulheres à sororidade como forma de relacionamento entre todas.

Cheja Abdalahe, nascida em um campo de refugiados, defende o direito à autodeterminação do seu país – o Sahara Ocidental, a última colónia da África – e denuncia os governos por não trabalharem para garantir o cumprimento dos acordos de paz, nos quais se assinou o referendo pela independência do Sahara Ocidental. Segundo Cheja, os governos, incluindo o espanhol, fazem vista grossa e, com isso, abandonam o povo saharaui à sua sorte. Há “a clara intenção por parte da comunidade internacional de não querer resolver esse conflito“, denuncia.

Coloca como valor máximo a liberdade de todos os seres humanos e a sororidade como forma de relacionamento entre as mulheres, longe da falsa história de que “colocaram na nossa mente que competimos umas com as outrasQuando uma mulher abre os olhos para a sororidade, ela tira um grande peso dos ombros e ainda se sente muito orgulhosa quando, ao longo de sua vida, vai empurrando e abrindo caminho para outras mulheres”.

Apreciem!


 

Traduzido do espanhol por Mércia Santos / Revisado por Graça Pinheiro

Interpretação: Julia Alvares e Graça Pinheiro