POEMA

 

 

Por Luiza Machado

 

 

Não tem mais nada para entregar

Não sei se você entende

As coisas tem o valor que a gente dá

Mas nem sempre é como o outro sente

Então, de verdade , pode não importar

O quanto a gente tente

Se a capacidade de notar estiver ausente

E até o que é bom, a tristeza contagia

Deixa o peito dormente

O alívio vira motivo de agonia

A mágoa é evidente

Mas um sentimento que não cresce pela lógica

Não pode ser desfeito pela mesma corrente

Melhor esperar a calmaria

Do que procurar respostas no mar impaciente

Eu não sei o que seria

De nós sem “ a gente”

Eu não quero mais procurar nós para desatar

Nem pernas em serpentes

Mas posso viver no limite para te amar

Se viver isso mutuamente.