O tempo não é igual para todas as pessoas. As condições sociais das pessoas e o nível de conhecimento sobre a realidade formam ponto de apoios que arquitetam diferenças no tempo. No Brasil, no início de maio de 2025, as pessoas sentiram mudanças com a morte do Papa Francisco e a eleição de um novo papa que decidiu ser registrado de Leão XIV. O papa, junção de Rei com o maior sacramento da Igreja Católica, principalmente depois do Tratado de Latrão assinado em 1929 entre o Reino da Itália e a Santa Sé. Na época os regentes da assinatura foram Benito Mussoline e o rei Vítor Emanuel III com  o papa Pio XI. Mas isso é outro assunto.

O importante aqui é que a morte do papa Francisco e a escolha do Papa Leão XIV (ocorrido em 08 de maio de 2025) foram as grandes ações de massas que apareceram para os olhos de todas as pessoas no mundo. O computador de mão, por muitas pessoas chamado de celular ou smartphone, permitiu uma viagem simbólica do mundo inteiro para o Estado da Cidade do Vaticano, que é hoje o país que possui a menor população no mundo, mas que se tornou palco do evento que mais mobilizou olhos, sentidos, atenções e pessoas, católicas ou não, empobrecidas até bilionárias em todos o mundo.

Neste tempo faz sentido, que pessoas dedicadas a defender a vida, a humanidade com dignidade, vivam uma conexão que pode fazer investir na dedicação para o congresso sobre renda básica que ocorrerá no Brasil. Podemos afirmar que é um consenso em PRESSENZA a defesa da RENDA BÁSICA UNIVERSAL E INCONDICIONAL em todos os países do mundo.

Vivemos hoje entre poucos reinados e muitos governos, o Estado no capitalismo em todos os lugares e dimensões. A articulação principal é para o lucro e para a compra da força de trabalho. Como consequência, para a maioria das pessoas, a venda força de trabalho é a única mercadoria para vender. Essas são também as marcas das maiores desigualdades que criam sintomas que potencializam mais a morte do que a vida.  Segundo a ONU há hoje 153 países em todo o mundo. Um tempo que a existência dos animais sapiens, as pessoas humanas, somam, segundo as nações unidas, 8,062 bilhões. Nesta multidão desigual há, segundo a Forbes, 3.062 pessoas bilionárias. E segundo o banco suíço Credit Suisse há cerca de 60 milhões de pessoas milionárias. O restante, aproximadamente, 8,001 bilhões de pessoas não são milionários ou bilionários. Entre esses, a grande maioria vende a força de trabalho para sobreviver.

Nenhum país do mundo possui o que já foi chamado de pleno emprego. As taxas de desemprego variam. Segundo as informações possíveis neste tempo de internet Niger, Qatar, Camboja, Alemanha, são países com menores taxas de desemprego. Como pleno emprego e emprego pleno não são conceitos iguais para as leituras das várias realidades das múltiplas formações sociais, é possível afirmar que emprego, desemprego e lucro geram uma roda que forçam sintomas das maiores desigualdades.

Uma política que, se colocada em prática, entre os sintomas das desigualdades, não haverá a  miséria estrutural, a fome, aumento de pessoas que vivem nas ruas e a ampliação de doenças.

Longe de resolver os problemas do mundo, a constituição de políticas nos Estado capitalistas de todos os países, assegurando a renda básica universal e incondicional indica o maior número de pessoas que podem se dedicar ao coletivo. Hoje as pessoas são empurradas para a ideologia narcisista que cria um sintoma individualista sem precedentes e ampliado.

No Brasil, por exemplo, o Estado e os proprietários das coisas com maiores lucros conseguem fazer fácil conexão de narcisismo com empreendedorismo. Empurram as pessoas facilmente para a ideia individualista do empreender, pois, há muita gente querendo buscar o que fazer sem contrato de trabalho e carteiras assinadas. A superestrutura, com cargos em governos (municipais até federal), em nos parlamentos (municipais, estaduais e federais) combinam um empreendedorismo pago pela propriedade estatal.

Mas pode-se afirmar que a renda básica é uma conquista que pode contribuir para melhorar a vida das pessoas e, ao mesmo tempo, criar condições para que se possa investir em mais pessoas humanas como sujeitos da vida e não como mercadoria, como hoje predomina.

Para progressivamente caminhar na superação das múltiplas desigualdades em larga escala e construir um avanço para defender a dignidade humana na sobrevivência, a renda básica ocupa lugar importante. Seja qual for o movimento social, é possível, na junção das múltiplas diferenças humanas, apostar em uma pauta como a renda básica. Principalmente como colocada por nós de PRESSENZA pois nenhuma pessoa ficaria de fora de tais direitos conquistado.

Nos dias que seguirão entre 25 e 29 de agosto, em Maricá e Niterói, será realizado o VIGÈSIMO QUARTO CONGRESSO MUNDIAL DA RENDA BÁSICA. Será um ambiente possível para acumular inteligências múltiplas e forças acumuladas nas múltiplas organizações para avançar em defesa da vida.

Por mais que os olhares das conexões do nosso tempo nos leve para a escolha do novo papa e das lamentáveis guerras é importante uma conexão das múltiplas inteligências em defesa da renda básica. Podemos acumular com o Congresso ideias, forças, solidariedade e companheirismo para fazer da renda básica um futuro possível em todos os capitalismos existentes hoje.

Nesse sentido é muito importante chamar a atenção para que nossas emoções e racionalidades estejam dedicadas para participar do Congresso. Para conhecer é só clicar ou falar no celular. Afinal estima-se que, desde abril, “estima-se que 5,81 bilhões de pessoas usem telefones celulares em todo o mundo. Destes, mais de 7,4 bilhões são smartphones, representando cerca de 87% dos celulares em uso”. Essa informação do Global System for Mobile Communications Association, nos movimenta para colocar nas conexões e diversas redes a renda básica e apostar, no congresso que será realizado no Brasil.

Diga-se de passagem, por iniciativa do Senador Eduardo Suplicy, que hoje é deputado estadual em São Paulo, desde 2004 há no Brasil uma lei, aprovado no sendo, sobre renda básica. A renda básica da cidadania, existente no Brasil em forma de lei, nunca foi pratica até os dias de hoje. O congresso poderá colaborar para acumular foças para que o executivo cumpra a lei já aprovada e para que nós, da sociedade civil, possamos avançar em conquistas de leis que melhorem cada vez mais a situação da grande maioria de pessoas. Afinal, no Brasil, bilionários, milionários, proprietários de empresas, pessoas com salários mensais e altos, juntam cerca de 30% da população. A grande maioria depende de algum recurso, todo o dia, para poder seguir sobrevivendo nos dia-a-dia possível de existir. Vamos animar e participar do VISÉSIMO QUARTO CONGRESSO DA RENDA BÁSICA.