Certo é afirmar que o corpo dos seres sapiens que ainda sobrevivem sempre lembram. Para que o pensamento não esqueça seria mesmo necessário haver muitas ações que os corpos sentem cada vez mais distantes. Entre tais ações pode-se destacar: empregos para todas as pessoas que precisam de salários para viver; renda básica universal e incondicional; escolas para geral; veias abertas para verdade e não para morte constante, com ou sem vida; pessoas sem condições de fome ou em condição de vida nas ruas; geral com saneamento e água potável, o que no Brasil,  que é cerca de 3% do mundo tem cerca de 15% da água potável do globo terrestre.

Bom, melhor parar, do contrário o texto poderá desviar ainda mais dos objetivos pretendidos. Afinal, o corpo sempre mantém lembranças empíricas, daquilo que ocorre e possui consequências, positivas ou negativas. As lembras políticas, para a maioria dos corpos que sobrevive no mundo e no brasil, possuem as piores consequências na vida, qualquer uma das listadas acima ou mais algumas. Fácil assim é esquecer das coisas que exigem o pensamento em movimento. Principalmente em uma realidade que a verdade é escondida ou falsificada e com obstáculos repressivos ou ideológicos para que o conhecimento possa existir.

Vamos mais diretamente à questão que movimenta este escrever. Segundo pesquisa do  DATAFOLHA que ouviu cerca de 2500 pessoas em aproximadamente 181 cidades brasileiras, e cujos dados são disponibilizados para as pessoas que querem ou podem ter acesso, há um processo de descontentamentos, que hoje está mais amplo com o atual presidente do Brasil.

Seguindo as informações do DATAFOLHA, sem entrar no mérito de alguns outros institutos de pesquisa que ainda ampliam o sentimento de ruím e péssimo, precisamos nos perguntar por que há ainda mais de 20% de possíveis fotos favoráveis para o senhor que hoje ocupa o cargo de presidente. Diga-se de passagem, estamos conversando sobre alguém que eleito foi e não que foi imposto por qualquer aparelho repressivo que exista no Estado.

Leve-se em considerações que são verdadeiras tais informações disponibilizadas por meio da pesquisa DATAFOLHA: “As mulheres (51%) reprovam o governo de Bolsonaro mais do que os homens (45%). Outros índices elevados de reprovação: funcionários públicos (61%), moradores do nordeste (55%) e brasileiros com ensino superior (54).Evangélicos (35%), empresários (48%), entre os que ganham de 5 a 10 salários (35%) e entre os que ganham mais de 10 salários (45%) são as faixas que mais aprovam o atual presidente. Entre pessoas que recebem o auxílio ou moram com beneficiários do programa, a aprovação do governo fica em 19%. Neste recorte, a reprovação é de 45%. A comparação entre as pesquisas de maio e março demonstra variação na taxa de reprovação entre pessoas de 45 a 59 anos, com um salto de 43% para 50%, e na faixa dos que têm renda familiar entre dois e cinco salários mínimos, de 40% para 49%”.

Ou seja, há uma multidão de pessoas empobrecidas, que pobres estão porque houve um poder forçando esta situação de empobrecimento e predominantemente o poder do Estado. No caso de pessoas que vivem no Brasil onde ainda a SUS, e vários “serviços públicos” que contribuem para as pessoas viverem ou sobreviverem, há de se perguntar em que o Estado tanto atua que empurra a grande maioria das pessoas para situações de extrema pobreza? Ou mesmo, também, há de se perguntar: porque um presidente com tais percentuais demonstrados pela pesquisa ainda possue mais de 20% de aprovação, se nem bilionários aguentam e, caso muitos bilionários aguentem, estes todos juntos não ultrapassam de 2% de pessoas no Brasil, muito menos se forem pessoas brasileiras?

Mas há mais informações que fazem, ao menos, exigir de quem defende a verdade e o compromisso com o BEM VIVER se unificar para seguir na melhor rota possível. Essas são, também segundo as pesquisas DATAFOLHA:

Ou seja, o sofismo bem utilizado pela extrema direita e, aparentemente bem divulgado pelas veias da presidência atual do Brasil está funcionando. Muitas pessoas enganadas sobre possibilidades e informações, com ajudas absurdas de alguns trocados temporários, que fazem sim muita diferença para as pessoas mais empobrecidas. Informações que nos colocam, frente a frente, ao trajeto empírico do corpo são escondidas, afinal o melhor “ótimo bom” do trajeto presidente é candidato, assim como o ruim e péssimo, que só perde para o Sarney também é. Para que exista vitória do mais escolhido como ruím e péssimo só podemos crer que é necessário existir muitas mentiras propagadas do lado de lá, muitas ameças de violências de várias ordens e muito sucesso do lado de quem quer ver a mudança imediata, para que a vida exista na sobrevivência que ainda há.

Há alinhamentos de sentidos e sentimentos difusos com as racionalidades construídas em respostas e posições. Muitos ensinamentos para todas as pessoas que prezam pelo BEM VIVER e pelo VERDADEIRO, mesmo que espalhados em organizações e posições políticas diferenciadas, são colocados. Tentar identificar e atuar para superar as limitações no campo das ideias e práticas que nos permitam avançar e não retroceder é são procedimentos de grande importância para VIVER.

Um primeiro ensinamento é que todas as pessoas que são foco de notícias, formulações, políticas, posições, ideias, precisam um compromisso ainda mais com o verdadeiro e com o rompimento total com o sofismo, seja as que estão no Estado, no universo conhecido como mercado, nos movimentos sociais ou na sociedade civil (todos os setores organizados livremente na sociedade). O segundo ensinamento que pulsa é assumir uma grande unidade, independente de alternativa de nome, para que o nome que ganhe as eleições presidenciais seja comprometido em superar a fome, todas as consequências da extrema pobreza e os obstáculos existentes para o conhecimento e a verdade, entre os quais escolas para todas as pessoas é fundamental, assim como a liberdade de imprensa. Outros ensinamentos são importantes e podem ser agregados no ambiente da inteligência coletiva, que venham e se agrupem para que o atual presidente não mais presidente seja.

Há o que fazer, ainda bem que sempre há, só nos basta agora conseguir fazer. Estas são ações básicas e necessárias para fazer e podem ser feitas imediamente para que se possa sentir e viver em outras condições no país Brasil, condições que prezem pela afirmação e defesa da VIDA e rompam totalmente com as veias da necropolítica.