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Cerca de centena e meia de pessoas assistiram ontem à noite, na cidade do Porto, à antestreia em Portugal do documentário “Silo, um caminho espiritual”, do realizador chileno Pablo Lavín.
Os espectadores, que quase encheram a sala do histórico Cinema Passos Manuel, tiveram, assim oportunidade de ver em primeira mão um filme sobre o escritor e pensador argentino Silo, pseudónimo literário de Mario Luis Rodriguez Cobos (1938/2010), autor de obras tão diversas como Humanizar a Terra, Experiências Guiadas, Contribuições ao Pensamento, Apontamentos de Psicologia, Cartas aos Meus Amigos, Dicionário do Novo Humanismo (org.), Mitos Raízes Universais e O Dia do Leão Alado, além de numerosas conferências e palestras reunidas nos livros “Fala Silo” e “Silo a Céu Aberto”, disponíveis na Internet em www.silo.net, e que dão corpo a uma corrente de pensamento conhecida como Humanismo Universalista. Além disso, Silo deixou também a sua Mensagem, publicada no livro homónimo, que visa proporcionar experiências inspiradoras a todos aqueles que se agrupam e reúnem periodicamente para a estudar e meditar sobre a mesma.
O filme é, em suma, um documentário ficcionado ou, como se diz hoje em dia, um biopic. De facto, segue o trajecto de vida de Silo ao longo de quase sete décadas, oferecendo como pano de fundo os diversos momentos histórico-sociais em que a mesma se desenvolveu. Contudo, o espectador é convidado a acompanhar o olhar de uma jovem chilena, filha de humanistas siloístas, que (re)descobre, a partir de documentos e de testemunhos diversos, a figura e a influência de Silo, ao mesmo tempo que vai fazendo o seu próprio caminho interno.
O filme ganhou vários prémios em festivais internacionais de cinema, cuja lista se pode consultar no site oficial do mesmo: www.silouncaminoespiritual.com.
Além de ser um objecto artístico, como as distinções conseguidas demonstram, o filme é também uma profunda manifestação de afecto e admiração por alguém que, aliando a sabedoria, a bondade e a força, soube constituir-se num guia para muitos milhares de pessoas em diversas partes do mundo, deixando um legado indelével. No fundo, foi esse mesmo legado inspirador que fez os promotores desta iniciativa quererem partilhar este filme com os espectadores portuenses, como os mesmos salientaram durante a sua breve apresentação.
No final da sua exibição, o público ovacionou o filme e ouviram-se comentários positivos, destacando os seus guião, montagem, fotografia e, sobretudo, a sua substancialidade.