CINEMA

Por Isidoro B. Guggiana

 

Produção recebeu os prêmios de Melhor Filme, Direção, Ator, Fotografia e Montagem na mostra gaúcha do 51° Festival de Cinema de Gramado

O cineasta bajeense Zeca Brito, recebeu na noite do dia 19 de agosto, os Kikitos de Melhor Filme, Direção e Fotografia (dividida com Bruno Polidoro, Joba Migliorin e Lívia Pasqual) por seu 8º longa-metragem, “Hamlet”, no 51° Festival de Cinema de Gramado, na mostra de longas gaúchos. O filme também conquistou as estatuetas de Melhor Ator, para Fredericco Restori, Montagem (Jardel Machado Hermes).

“Este é o prêmio mais importante do cinema brasileiro”, destacou Zeca Brito. “Quero dedicar aos meus colegas diretores e ao meu pai, Sapiran Brito, que é diretor de teatro, foi assistente de direção do de Teixeirinha, e minha mãe, que é atriz e diretora de teatro, Marilu da Luz, que estão em Bagé”, agradeceu. E destacou que o filme serve para “mostrar para a sociedade que o modelo das grades não é o que serve para as salas de aula”.

A produção rodada em abril de 2016 em Porto Alegre traz em seu elenco o crítico a ator Jean-Claude Bernardet e uma participação especial da ex-presidenta Dilma Rousseff. O diretor também assina produção (junto com Clarissa Virmond, Frederico Ruas e Tyrell Spencer) e roteiro (dividido com Ruas).

O longa teve sua primeira exibição pública na Mostra de São Paulo e mais recentemente passou pelo Festival Guarnicê no Maranhão. Recentemente, o filme conquistou Menção Honrosa no festival português Cine Marginal.

Em meio ao caos político no Brasil de 2016, os estudantes secundaristas se unem aos movimentos sociais e tomam as ruas em protestos. Testemunhando um golpe de estado, o Jovem Hamlet (Fredericco Restori) tem de enfrentar seus maiores fantasmas, sua transformação em adulto e seu lugar na sociedade.

“Hamlet” é uma produção da Anti Filmes, com coprodução da Galo de Briga Filmes.

Sinopse

Em meio ao caos político no Brasil de 2016, os estudantes secundaristas se unem aos movimentos sociais, tomam as ruas em passeatas, protestos e reivindicações. Cobram o fim da desigualdade e denunciam manobras políticas. Diante de um iminente golpe de estado, o Jovem Hamlet tem de enfrentar seus maiores fantasmas, sua transformação em adulto e seu lugar na sociedade. Agir ou não agir? Enquanto as bombas explodem, o coração entra em chamas, o mundo exterior em ruínas e por dentro a construção da cidadania e a chegada da maturidade. Ser ou não ser?

Trailer oficial:

Instagram: @hamletofilme

Ficha Técnica

“Hamlet”

Híbrido de Ficção e Documentário | 87 min | P&B | Brasil | 2022

Elenco: Fredericco Restori, Jean-Claude Bernardet e Marcelo Restori

Participação especial: Dilma Rousseff

Produção executiva: Clarissa Virmond, Frederico Ruas, Tyrell Spencer e Zeca Brito

Direção de produção: Maria Elisa Dantas

Fotografia: Bruno Polidoro, Joba Migliorin, Lívia Pasqual e Zeca Brito

Montagem: Jardel Machado Hermes

Supervisão de pós-produção: Tyrell Spencer

Desenho de som e Mixagem: Tiago Bello

Trilha sonora original: Rita Zart

Roteiro: Frederico Ruas e Zeca Brito

Direção: Zeca Brito

Empresa Produtora: Anti Filmes

Coprodutora: Galo de Briga Filmes

Sobre Zeca Brito

Zeca Brito tem mestrado em Artes Visuais pela UFRGS e graduação em Realização Audiovisual pela Unisinos. Dirigiu, roteirizou curtas e longas exibidos no Brasil e exterior. “O Guri” (2011), seu longa-metragem de estreia, foi exibido em festivais de Portugal e Brasil. Em 2015, lançou o longa “Glauco do Brasil” na 39ª Mostra de Cinema em São Paulo.

Dirigiu o longa de ficção “Em 97 Era Assim” (2016), que recebeu os prêmios de melhor direção e júri popular no Festival Cinema dos Sertões, melhor Filme no The Best Film Fest (EUA), prêmio de melhor filme juvenil estrangeiro no American Filmatic Arts Awards (EUA), entre outras premiações.

Em 2017, dirigiu o documentário “A Vida Extra-Ordinária de Tarso de Castro”, exibido no Festival do Rio 2017 e na 41ª Mostra de Cinema em São Paulo. No ano seguinte, o telefilme “Grupo de Bagé” teve sua estreia no Canal Curta!.

Seu longa-metragem de ficção “Legalidade” (2019) estreou no 35º Festival de Cinema Latino de Chicago. O filme foi também exibido em festivais da Espanha, Uruguai, Guatemala e Romênia. Sucesso de público no Brasil, recebeu diversos prêmios no 42º Festival Guarnicê de Cinema e no 14º Encontro Nacional de Cinema dos Sertões, incluindo melhor direção em ambos.

O longa documental “Trinta Povos” estreou em 2020 no Festival de Cine de Punta del Este (Uruguai) e conquistou o prêmio de melhor roteiro no 7º ArFeCine (Argentina). Em 2021, o diretor foi homenageado na XI Mostra de Cinema Brasileiro de Chicago com o prêmio dedicado a cineastas por produções relevantes de consciência social.