TEATRO

Por Alessandra Costa

 

A montagem de “Gaivotas”, um drama poético sobre relacionamentos, inspira-se no texto “Nina ou da fragilidade das gaivotas empalhadas”, do romeno naturalizado francês Matéi Visniec, um dos dramaturgos contemporâneos mais encenados no mundo e que propôs o reencontro do trio protagonista 15 anos depois. Para isso, mudou o desfecho da peça de Tchékhov, tornando fracassada a tentativa de suicídio do personagem Konstantin. Já “Gaivotas” adapta a obra de Visniec ao trazer falas do original de Tchékhov, um pequeno texto de Domingos Oliveira e um trecho de uma entrevista do autor romeno sobre a democracia. Nada mais atual!

Serviço 

“Gaivotas”

Temporada de 11 de janeiro a 16 de fevereiro

Local: Casa de Cultura Laura Alvim

Sessões:  quartas e quintas, sempre às 20h

Ingressos: R$ 26 (inteira) e R$ 13 (meia)

Lotação: 245 lugares

Classificação: 14 anos

Duração: 60 minutos

Projeto idealizado pela atriz e produtora Bibiana Rozenbaum e pelo diretor Fernando Philbert, e realizado pelas produtoras Moinho, Luna e Somos Produções,  “Gaivotas” homenageia os 125 anos da primeira encenação de “A gaivota”, obra-prima do dramaturgo russo Anton Tchékhov. Depois de uma temporada em versão on line exibida no canal de  youtube do SESC Rio em outubro de 2021 e uma temporada lotada no Teatro Poeira (Poeirinha), a peça retorna em 2023 para sua terceira temporada (segunda presencial), com sessões às 20h, quartas e quintas, a partir de 11 de janeiro, na Casa de Cultura Laura Alvim. No elenco, estão a própria Bibiana Rozenbaum, Sávio Moll e Antonio Gonzalez.

A montagem de “Gaivotas”, um drama poético sobre relacionamentos, inspira-se no texto “Nina ou da fragilidade das gaivotas empalhadas”, do romeno naturalizado francês Matéi Visniec, um dos dramaturgos contemporâneos mais encenados no mundo e que propôs o reencontro do trio protagonista 15 anos depois. Para isso, mudou o desfecho da peça de Tchékhov, tornando fracassada a tentativa de suicídio do personagem Konstantin. Já “Gaivotas” adapta a obra de Visniec ao trazer falas do original de Tchékhov, um pequeno texto de Domingos Oliveira e um trecho de uma entrevista do autor romeno sobre a democracia. Nada mais atual!  

No texto de Matéi Visniec – “Nina ou da fragilidade das gaivotas empalhadas” –, o personagem Konstantin, que havia se suicidado na obra de Tchékhov, reaparece. Ele, Nina e Boris reencontram-se 15 anos depois do desfecho da peça “A gaivota”. Mais maduros e amargurados pelo tempo, precisam lidar com as pontas soltas deixadas pelas decisões que tomaram ao longo de suas vidas. “Gaivotas”, traz uma mensagem de esperança e superação. As personagens são como gaivotas, mortas e empalhadas nas lembranças do passado, mas nada impede que, no universo de Visniec, elas possam ter uma nova chance. 

“Desde a primeira leitura, eu me senti inspirada por Nina, uma mulher que não tem medo de enfrentar preconceitos para alcançar seus sonhos. Ela não tem medo de errar. Apaixonei-me pelo texto porque ele é atemporal. Essa é a quarta peça do autor Matéi Visniec levada aos palcos pelo experiente diretor Fernando Philbert, que idealizou o projeto junto comigo. A arte é uma ferramenta terapêutica que ajuda no enfrentamento das angústias e dilemas cotidianos. Por isso ela é tão necessária.”, destaca Bibiana Rozembaum. 

Já o ator Sávio Moll, que além de ator, divide a direção de produção, destaca “Recebo o espetáculo Gaivotas como um presente-desafio para todo amante do teatro. Como ator, tenho a possibilidade de interpretar um personagem histórico com a sagacidade do Matéi Visniec, somado à perspicácia da direção Fernando Philbert. E o resultado para o público é assistir a um espetáculo-poesia.” 

Sinopse 

Nina representa a mulher que enfrenta a sociedade em busca de sua realização pessoal. Ela não se envergonha em questionar as próprias escolhas. “Gaivotas” põe um foco de luz na complexidade das relações humanas. 

Bibiana Rozenbaum – atriz, produtora e idealizadora do espetáculo 

Bibiana é atriz, jornalista, advogada, produtora cultural e idealizadora do projeto. No teatro, atuou na peça “Quanto você calça?”, direção de Susanna Kruger. No cinema, participou dos filmes “Tiradentes”, direção de Oswaldo Caldeira; “A flor da gigoia”, direção de Ivo Schergl Jr; e do curta “Conversas que acontecem”, direção de Gustavo Vilela e André Régnier. Na TV, participou das séries “Passaporte para Liberdade”, direção de Jayme Monjardim; “O quinto dos infernos”, direção de Wolf Maya; e da novela “Uga Uga”, direção de Wolf Maya. 

Fernando Philbert – diretor, adaptador e idealizador do espetáculo 

iniciou sua carreira como diretor assistente de Gilberto Gawronski, Domingos Oliveira e, a partir de 2008, com o diretor Aderbal Freire Filho, de quem foi assistente em mais de quinze peças, entre elas Hamlet com Wagner Moura, A Ordem do Mundo com Drica Moraes, Incêndios com Marieta Severo, Macbeth com Renata Sorrah e Daniel Dantas, entre outras. Assinou a co-direção de O Topo da Montanha com Lázaro Ramos e Thaís Araújo. Como Diretor assinou O Escândalo Felipe Dussaert, com Marcos Caruso, vencedor de todos os prêmios de melhor ator no Rio de Janeiro em 2016. Em 2017 dirigiu Contos Negreiros do Brasil, espetáculo de grande repercussão, ainda em circulação. Em 2018 dirigiu Louise Cardoso em O Que é Que Ele Tem, baseado no livro homônimo de Olivia Byinton. Em 2019 dirigiu Kiko Mascarenhas em Todas as Coisas Maravilhosas, indicado aos Prêmios Shell categorias Direção e Ator; Pedro Paulo Rangel em O Ator e o Lobo; Cássio Reis e Carla Diaz em Em casa a gente conversa; Thelmo Fernandes em Diário do Farol – Uma Peça sobre a Maldade, indicado ao Prêmio Cesgranrio categorias Melhor Ator e Melhor Espetáculo e Parabéns Senhor Presidente, com Danielle Winits e Christine Fernandes, em circulação pelo Brasil. 

Sávio Moll – Ator 

Além de ator,  é apresentador e professor de artes cênicas. Os principais trabalhos em teatro foram as peças As centenárias, O púcaro búlgaro e O que diz Molero, todas dirigidas por Aderbal Freire Filho, A santa Joana do Matadouros, dirigida por Marina Vianna e Diogo Liberano, A incrível confeitaria do sr. Pelica, A outra cidade e O condomínio, dirigidas por Pedro Brício, A arte da comédia e Esse vazio, dirigidas por Sérgio Modena, O princípio de Arquimedes, dirigida por Daniel Dias da Silva e O círculo da Transformação em espelho, dirigida por Cesar Augusto. Atuou durante 14 anos como palhaço em hospitais nos Doutores da Alegria e Projeto Clownspital. É apresentador de programas no Canal Futura e Multirio. Atualmente, integra o elenco do programa Detetives do Prédio Azul, do Canal Gloob, tendo participado dos três longas-metragens da série. 

Antonio Gonzalez – ator 

Formado pela Unirio, e tendo trabalhado com grandes diretores de teatro, entre eles Luis de Lima, Celso Nunes, João das Neves, Aderbal Freire Filho e  Domingos Oliveira, destaca-se entre seus trabalhos em teatro “No Verão de 96” – Dir. Aderbal Freire Filho – 1996 “Fábrica de Dramaturgia”. Dir. Domingos Oliveira – 1998 / “O Avarento”  de  Moliere. Dir. de João Bithencourt – 2000  / “Mais que Imperfeito” de Marcelo R. Paiva – Dir. Rafael Ponzi – 2001 / “Polaróides Explícitas” de Mark Ravenhill – Dir. Ary Coslov –  2002 / “O Último Lutador” de Marcos Nauer – Dir. Sergio Modena – 2016/17 / “Vianinha conta o último combate do homem comum” De Oduvaldo Vianna Fillho – Dir. Aderbal freire filho – 2017 / “A Peça do casamento”, de Edward Albee, direção de Guilherme Weber – 2018/19/20 

Ficha técnica 

Adaptação da obra de Matéi Visniec 

Direção e adaptação – Fernando Philbert 

Com Bibiana Rozenbaum, Sávio Moll e Antonio Gonzalez 

Direção de movimento – Marina Salomon 

Direção musical – Marcelo Alonso Neves 

Iluminação – Vilmar Olos 

Cenário – Natália Lana 

Figurino – Marieta Spada 

Visagismo – Mayco Soares 

Cenotécnico – André Salles 

Operação de Luz – João Gaspary 

Operação de Som – Diogo Perdigão 

Comunicação visual – Barbara Lana 

Assessoria de imprensa – Alessandra Costa 

Direção de produção – Bibiana Rozenbaum e Sávio Moll 

Idealização – Bibiana Rozenbaum e Fernando Philbert 

Realização – Moinho, Luna e Somos Produções