TEATRO

Por Marrom Glacê 

 

Vencedora do Prêmio Shell 2014 de Melhor Texto, peça contemplada no Edital FUNARJ de Circulação Teatral 2022 realiza uma apresentação gratuita e outras a R$ 5, além de duas oficinas gratuitas de roteiro, em teatros do subúrbio.

 

Oito anos depois de ser encenado pela primeira vez e cinco anos depois de sua última apresentação, o espetáculo “Galápagos” retorna aos palcos cariocas em temporada popular, oferecendo ainda oficina gratuita de dramaturgia ministrada por Renata Mizrahi, autora do texto. Entre os dias 04 de novembro e 11 de dezembro, a montagem indicada e premiada que ficou três anos seguidos em cartaz passará por três teatros da periferia carioca.

O projeto Galápagos Circulação Rio 2022 foi contemplado no Edital FUNARJ de Circulação Teatral 2022 e que como contrapartida se apresenta no Teatro Arthur Azevedo, em Campo Grande; no Teatro Armando Gonzaga, em Marechal Hermes; e no Teatro Mário Lago, em Vila Kennedy, visando o desenvolvimento da economia criativa, estímulo à formação de plateia, e democratização da cultura fluminense.

Dirigida por Isabel Cavalcanti e encenada por Paulo Giannini e Kadu Garcia, que produzem a montagem pela Saravá Cacilda Produções, a dramaturgia de “Galápagos” propõe uma discussão sobre o homem que está no limite entre romper com padrões de comportamento para resgatar sua mais íntima individualidade, ou permanecer com a sensação de pertencimento social, saciando apenas o ponto de vista do outro. Durante sucessivos encontros em um bar, dois homens com estilos de vida completamente diferentes reconhecem ter algo em comum: um abismo entre o que são e o que representam ser. Carlos, um artista plástico renomado, e Vander, um funcionário de uma multinacional, travam um duelo cômico e emocionante com suas verdades.

“Como produtores, remontar este espetáculo do nosso repertório é proporcionar o acesso a novos espectadores e o reencontro com os que já assistiram e desejam revê-lo. Como atores, revisitar personagens é ter a oportunidade de ampliar a criação e de fazer novas descobertas, sem necessidade de adaptações na dramaturgia ou na encenação, mas comprometidos com o caráter orgânico e vivo que atravessa a cena. E mediante essa divergência tão radical, essa polarização que vivemos hoje, que já impede um diálogo, reencenar ‘Galápagos’ é fazer refletir que, diante da divergência e diferença, podemos encontrar algo comum com o outro”, pondera Kadu Garcia.

O que poderiam vidas tão diferentes, que parecem obrigadas a driblar todo o tipo de obstáculo para poderem se encontrar, desejar em comum?  É nesta explícita diferença que o espetáculo cria empatia com o público. Com uma boa dosagem de humor e alguma angústia e solidão, ‘Galápagos’ faz o espectador se sentir mais dentro da situação. Tão envolvido que talvez se pergunte, cada um a seu modo, se tem ou é um pouco de Carlos e Vander, personagens da trama. E este é o melhor dos diálogos do teatro com o seu público, aquele que faz com que cada espectador seja capaz de se repensar a partir de cada personagem.

E poder apresentar a montagem tantos anos depois de sua estreia em outras áreas da cidade é motivo de alegria pra Kadu e Paulo. “Estamos levando a peça nestes três teatros de resistência, que carregam desde o nome figuras importantíssimas da cultura nacional e que possuem profissionais que cuidam e promovem movimento nestes espaços. É muito importante para nós, que somos artistas e professores atuando em vários territórios da cidade do Rio de Janeiro, e faz muito sentido sair do eixo Centro-Zona Sul e poder levar este texto que falam sobre a sociedade, sobre a gente, sobre o país, a novos territórios”, considera Paulo.

Galápagos” foi contemplado pelo Prêmio Funarte Myriam Muniz 2013 e selecionado pelo Programa de Fomento à Cultura Carioca 2013. Em 2015, integrou a programação do Festival Sesc de Inverno e o Circuito Sesc de Artes Cênicas, e realizou duas temporadas: no Teatro da UFF, em Niterói, e uma segunda temporada no Rio de Janeiro, no Teatro Gláucio Gil. O espetáculo recebeu cinco indicações a prêmios: Melhor Texto e Melhor Iluminação pelo Prêmio Shell (2014); Melhor Texto e Melhor Direção pelo Prêmio CESGRANRIO de Teatro (2014), e Melhor Texto pelo Prêmio APTR (2015).

SERVIÇOGALÁPAGOS CIRCULAÇÃO RIO 2022

04, 05 e 06 de Novembro

Sexta e sábado às 20h / Domingo às 19h

– Sessão com intérprete de libras: sábado, dia 05/11 –

Teatro Arthur Azevedo

Rua Vítor Alves, 454 – Campo Grande

Apresentação “Galápagos”

Ingressos – R$ 5 (inteira) / R$ 2,50 (meia-entrada)

Duração: 70 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

Oficina Prática de Dramaturgia com Renata Mizrahi

Dia 04 de novembro – das 10h às 14h

Classificação indicativa – 17 anos

12 de novembro – Sábado, às 18h

– Sessão com intérprete de libras –

Teatro Mario Lago

Rua Jaime Redondo, 2 – Bangu

Apresentação “Galápagos”

Ingressos Gratuitos

Duração: 70 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

 09, 10 e 11 de dezembro

Sexta e sábado, às 20h /Domingo, às 19h

– Sessão com intérprete de libras: sábado, 10/12 –

Teatro Armando Gonzaga

Av. Gen. Osvaldo Cordeiro de Farias, 511 – Marechal Hermes

Apresentações “Galápagos”

Ingressos – R$ 5 (inteira) / R$ 2,50 (meia-entrada)

Duração: 70 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

Oficina Prática de Dramaturgia com Renata Mizrahi

Dia 09 de dezembro – de 10h às 14h

Classificação indicativa – 17 anos

FICHA TÉCNICA:

Direção – Isabel Cavalcanti

Texto – Renata Mizrahi

Elenco – Paulo Giannini e Kadu Garcia

Cenografia – Aurora dos Campos

Iluminação – Renato Machado

Figurino – Bruno Perlatto

Trilha Original – Felipe Storino

Voz da Cantora – Simone Mazzer

Design Gráfico – Roberta de Freitas e Jaqueline Sampin

Fotos – Dalton Valério e Débora 70

Libras – JDL Traduções

Assistente de Produção – Nino Batista

Gestão de Mídias Sociais – Lucas Linhares

Assessoria de Imprensa – Marrom Glacê Assessoria

Direção de Produção – Paulo Giannini e Kadu Garcia

Realização – Saravá Cacilda Projetos Culturais