Neste domingo elegeremos um novo governo para o Brasil. E, mais uma vez, a sociedade tem sido levada a escolher considerando apenas duas candidaturas, porque nosso sistema eleitoral está construído para invisibilizar os projetos que realmente têm compromisso com a maioria da população, como, por exemplo, o da candidata Vera Lúcia, do PSTU. Não é de interesses das classes dominantes tornar visíveis as propostas que buscam a melhoria de vida da população trabalhadora. Por isso, apostam na exposição das candidaturas que, no fundo, representam os mesmos interesses, mas que estão revestidas de discursos diferentes.

Enquanto as candidaturas que mais aparecem tratam a população brasileira como “rebanho”, oferecendo-lhe “migalhas” para saciar a fome imediata, a candidatura de Vera Lúcia, que tem como companheira de chapa a indígena Raquel Tremembé, apresenta um projeto de país a partir do qual o trabalho bem remunerado, a moradia, a saúde, a educação, o transporte, a cultura e o lazer passam a ser direitos garantidos não somente no discurso, mas na prática.

Vera Lúcia não tem medo de apresentar suas propostas e ressaltar como pretende colocá-las em prática. Uma das medidas por ela apresentadas para gerar os recursos necessários à garantia desses direitos ao conjunto da população é a taxação das maiores riquezas do país, principalmente aquelas geradas pelas grandes empresas e pela usura dos banqueiros e demais rentistas, que vivem da exploração do trabalho da maioria.

A candidata do PSTU, a todo tempo se refere a um “projeto revolucionário”, o que pode causar certo temor a parte considerável da sociedade, historicamente confundida pelas classes dominantes que buscaram desqualificar e “demonizar” a palavra “revolução” e tudo o que ela representa. Na realidade, um projeto revolucionário significa transformações nas estruturas, de modo que a fome, a pobreza e sobretudo a miséria e as demais opressões possam ser combatidas em sua raiz.

E, por falar em raiz, ser “radical” é exatamente buscar resolver os problemas a partir de suas raízes. No entanto, as mesmas classes dominantes também buscam confundir o povo, mudando o significado dessa palavra, tornando-a desqualificante, identificando-a com “perigo”, o que faz muitas pessoas sentirem verdadeiro horror pelo termo, uma vez que interpretam que uma pessoa radical é “perigosa”, quando, na verdade, as pessoas radicais buscam compreender, pensar e propor a solução de problemas a partir da sua origem.

Sendo assim, políticos/políticas radicais propõem, por exemplo, terminar com a pobreza e com a miséria através da distribuição justa da riqueza produzida no país. Neste sentido, a proposta da candidata Vera Lúcia para enfrentar e combater a pobreza e a miséria no Brasil inclui, entre outras medidas, a redução da jornada de trabalho sem redução dos salários; a garantia de trabalho para todos e todas com plenos direitos; a implantação de um plano de obras públicas para gerar empregos e suprir as necessidades básicas, como infraestrutura, moradia e saneamento; o aumento geral dos salários, que atualmente precisaria ser R$ 6.298,91, conforme o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A candidata Vera Lúcia propõe, ainda, revogar (tornar sem efeito) as reformas Trabalhista e da Previdência, que precarizaram ainda mais as condições de vida da maioria da população trabalhadora do nosso país; implementar um sistema de educação, de saúde e de serviços públicos em geral com qualidade e para todos e todas, sem distinção; promover uma verdadeira reforma agrária; apoiar e dar suporte à produção agrícola familiar; defender o meio ambiente e os povos originários, principalmente implementando a demarcação e titulação das terras indígenas e quilombolas, bem como acabando com o latifúndio.

No “projeto revolucionário e radical” de Vera Lúcia estão, ainda, a proibição da remessa de lucros dos bancos e multinacionais para fora do país; o retorno ao controle do Estado brasileiro das empresas que foram criminosamente privatizadas (muitas das quais foram praticamente presenteadas ao capital privado). A candidata do PSTU propõe que a Petrobrás, por exemplo, se torne 100% estatal e passe a ser uma empresa à serviço da população brasileira, capaz de fornecer os combustíveis necessários, inclusive o gás de cozinha, tudo isso a preços que a maioria da população possa pagar. Ela propõe, também, expropriar os 62 bilionários e as 100 maiores empresas, colocando-as sob controle dos trabalhadores e da maioria da população.

Essas medidas “revolucionárias e radicais” terminariam com a miséria e com a pobreza que atinge parte considerável da população brasileira. Conforme estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), por exemplo, 29,6% da nossa população sobrevive com apenas R$ 497 por mês (enquanto o Dieese demonstra que uma família deveria receber, no mínimo, R$ 6.298,91 para ter dignidade).

Interessante que as propostas “não radicais”, que há séculos têm sido implementadas no Brasil, e deixado a maioria da população na miséria, não sofrem críticas. Muito pelo contrário, são cada vez mais visibilizadas, defendidas, ressaltadas; mesmo estando elas matando, literalmente e oprimindo a população trabahadora das mais diversas formas, inclusive quando tentam confundi-la e “comprá-la” com “migalhas”, como Bolsa Família, Auxílio Brasil, etc..

Nosso povo precisa de dignidade. E esta não se conquistará se não houver distribuição justa da riqueza que esse mesmo povo produz, todos os dias, com o fruto do seu trabalho duro e o suor do seu rosto. Diferentemente do que dizem aqueles e aquelas que defendem as propostas “não radicais”, apesar de trabalhar tanto (e duro), o nosso povo não consegue viver com dignidade. Então, onde se aplica aquela velha fórmula tão apresentada pelas classes dominantes: “trabalhe duro e colherá os frutos”? Existe milhões de trabalhadoras e trabalhadores neste país que trabalham duro, mas que, ao final do dia, não sabem se poderão alimentar a si e à sua família. E, infelizmente, isso tenderá a piorar, caso não optemos por uma proposta revolucionária e radical.

Se quiser conhecer uma proposta radical e revolucionária, acesse:https://vera.pstu.org.br/