LITERATURA

Por Sabine Mendes Moura

 

Por meio de palestras, cursos e intercâmbios criativos, o projeto visa dar voz e visibilidade às mulheres que escrevem no Brasil e está com inscrições abertas.

Esta semana, tiveram início as atividades do Coletivo Nídaba, um espaço de encontro, aperfeiçoamento e fortalecimento “em busca de autoras cis e trans que queiram compartilhar seus escritos com o mundo”, como informado em convocatória aberta no Instagram. Encabeçado pelas autoras Bruna Corrêa, Larissa Prado, Larissa Brasil, Julia do Passo Ramalho e Juliane Vicente, o coletivo já nasce com o intuito de se tornar “um centro de apoio e estímulo criativo”, agregando escritoras de várias regiões do país em intercâmbios cíclicos.

“É tempo de marés”, sugere o grupo em seu formulário de inscrição on-line, aludindo à sua forma de trabalho e à deusa que o nomeia. Nídaba, divindade suméria originalmente relacionada à fertilidade, à palma e à cana, tornou-se conhecida como deusa da escrita e segue inspirando comunicadores, pesquisadores e artistas em busca de ciclos produtivos, prazerosos e autorregulados de trabalho.

“Escrever é um ato solitário”, diz Bruna, “mas não precisamos fazer isso sozinhas.” A proposta do coletivo é trabalhar em ciclos de três meses ao longo do ano, com encontros via Google Meets, em consonância com as fases da lua. Da Lua Nova à Minguante, os intercâmbios abordarão temas essenciais para a prática da escrita, incluindo por onde começar, como estruturar e colocar uma história no mundo, além de momentos dedicados à avaliação do processo.

Também haverá um grupo de estudos, discutindo e revisando textos selecionados de acordo com cada etapa do trabalho. O primeiro livro a ser estudado já foi divulgado: Mulheres, Mitos e Deusas – o feminino através dos tempos, de Martha Robles.

Para saber mais, visite o site o coletivo. Interessadas em participar podem se inscrever aqui.