CULTURA

Por CWeA Comunicação

Oficina de arte e ecologia para o público infantil, ministrada pelo grupo GAE Arte:Ecologias (UFRJ e UFJF) e com participação da palhaça Melocoton (Joana Amora), será a primeira atividade do espaço. Ideia é sensibilizar os visitantes sobre a importância do cultivar e do plantar e celebrar a relação entre arte e natureza. Com 10 mil metros quadrados, jardim da nova sede do museu já conta com mais de 70 espécies nativas do Brasil

 

O novo Museu do Pontal, inaugurado na Barra da Tijuca no início deste mês, vai ganhar uma horta/jardim sensorial onde serão cultivados diversos tipos de ervas e que servirá de espaço para a realização de experiências e atividades educativas, como a oficina de arte e ecologia para crianças programada para o próximo domingo, dia 24 de outubro, às 10h. 

“A horta do Museu do Pontal faz parte de um sonho que reúne arte e natureza. Sonho que nos leva a entender a arte e a natureza como dimensões que favorecem o afeto e a consciência. E que nos fez plantar mais de 70 espécies nativas e muitas frutíferas em nossos jardins. Além disso, cultivar e plantar está na origem do trabalho de muitos artistas com obras no acervo, que vivem em áreas rurais e se desdobram na escultura e na agricultura”, explica a antropóloga Angela Mascelani, curadora e diretora do Museu do Pontal.

A horta fica na parte leste do amplo jardim do museu e tem canteiros que formam uma mandala. Neles serão cultivadas ervas curativas, aromáticas e temperos, como alecrim, manjericão, hortelã, boldo, carqueja, erva cidreira, funcho, orégano e tomilho. O objetivo é sensibilizar o público para a importância do cultivar e do plantar para a riqueza da natureza e da diversidade em todos os seus aspectos. E valorizar os usos feitos pela culinária tradicional brasileira, ajudando as crianças a entenderem de onde vem aquele chazinho que porventura ela toma em casa.

“Sendo uma horta num museu de arte, procurou-se unir várias camadas de experiências. A ideia é valorizar o aprendizado pela poética. E conectar o espaço que habitamos com a arte e a terra, oferecendo às crianças e adolescentes de áreas urbanas uma experiência direta com a produção de alimentos e seu processo: preparar a terra, selecionar sementes, plantar, regar, cuidar e colher”, observa Lucas Van de Beuque, diretor executivo do museu.

OFICINA DE ARTE E ECOLOGIA – Experiência Sensorial Agente Húmus

Domingo, 24 de outubro de 2021, 10h – Faixa etária livre – Inscrições gratuitas na bilheteria do museu

Retomar o corpo para reinventar o mundo. Nesta experiência sensorial destinada ao público infantil, o grupo de pesquisa GAE Arte: Ecologias convida todos a incorporar a agente húmus, experimentar a mão na terra, viver a natureza fértil e imaginar uma compostagem do nosso modo de estar no mundo. Os integrantes do GAE e a palhaça Melocoton (Joana Amora) vão propor brincadeiras com nossos sentidos e os materiais naturais. Por fim, vão criar junto com os participantes das oficinas mini-esculturas-bombas-de-semente, arremessar e BOOM!: a vida vai brotar em toda sua força e diversidade!

As Experiências Sensoriais Agente Húmus foram idealizadas pela artista Mari Fraga como parte da pesquisa Práticas Cooperativas em Arte, Agroecologia e Ecofeminismos, e ganham vida através do grupo de pesquisa GAE Arte: Ecologias. Participam desta ação Joana Amora (com Melocoton), Carine Caz, Lohana Montelo, Clarisse Rates, Uri Nonnato, Rúbia Vaz, Ágatha Nobre e Paula Scamparini.