Reproduzimos o comunicado da Rede Humanista pela Renda Básica Universal sobre a situação social e as últimas eleições primárias (PASO, ou Eleições Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias) na Argentina.

O resultado das últimas eleições primárias na Argentina expõe o descontentamento social com o processo político-econômico que atravessamos nos últimos anos. Agravadas pela pandemia, as condições de vida da maioria dos argentinos vêm piorando seriamente, chegando à 50% de pobreza, níveis crescentes de trabalho informal e de desemprego, níveis de inflação que diluem cotidianamente o já deteriorado salário real e o aumento descontrolado de preços. Em síntese: uma situação de emergência social.

Já afirmamos e tornamos a repetir que esta evidência, tanto na Argentina como em outros países, indica que as “políticas para pobres” não funcionam. Elas não alcançam a cobertura desejada, não tiram ninguém da pobreza, estigmatizam seus beneficiários e seus valores costumam ser vergonhosos.

Nosso país é muito rico na tradição de concretizar direitos e é disto que se trata: a formalização do Direito Humano à existência.

A Renda Básica é um auxílio monetário entregue pelo Estado. Ela é universal, tendo em vista que é para todos, para cada um dos cidadãos e residentes, independente da situação em que se encontre. A renda é individual para cada um de nós, e é incondicional, portanto, não existe nenhum requisito para o seu recebimento e tampouco se exige algo em troca. Seu valor deve ser suficiente para cobrir as necessidades básicas. Finalmente, é uma política que precisa ser permanente.

A melhor política social é a Renda Básica Universal!


Traduzido do espanhol por Naiara Luiza Parolin Bastos / Revisado por Graça Pinheiro