TEATRO

 

 

Por Marrom Glacê

 

 

Casa Poema, Bloco Pi Produções, Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc
apresentam

“SOLANO, VENTO FORTE AFRICANO”

Apresentando peça sobre trajetória humana e artística de Solano Trindade, projeto oferece ainda bate papo com quilombos do estado do Rio de Janeiro.

 

Dois anos após estrear no teatro, volta à cena durante os dias 020809 e 13 de maio às 20h a peça “SOLANO, VENTO FORTE AFRICANO” através do YouTube da Casa Poema – https//bit.ly/3uCkvpi . Com texto de Solano TrindadeElisa Lucinda e Geovana Pires (que também assina a direção), direção musical de Beá, direção de movimento de Valéria Monã e direção de produção de Damiana Inês, após as apresentações haverá um bate-papo com os representantes dos quilombos do Rio de Janeiro por onde o espetáculo passou e irá passar. As apresentações exibidas são da temporada do espetáculo quando encenado no Teatro Dulcina.

A montagem lança luz não apenas sobre a obra, mas também sobre o aspecto humano e político de Solano Trindade, poeta pernambucano desenvolveu sua múltipla potencialidade artística com o olhar sempre voltado à realidade do negro brasileiro. Interpretado por Val Perré, Solano foi ainda criador do Teatro Popular Brasileiro, de profunda importância para a unificação dos movimentos negros. “Temos uma missão de levar a obra de Solano a todos, dando voz e continuidade, percebendo a mensagem de liberdade e o amor que é latente na sua obra”, salienta o ator.

De maneira cadenciada e auxiliado pela pluralidade musical brasileira, a peça é permeada por música, canto, dança e sapateado, conduzindo o espectador de forma lúdica à trajetória de Solano. A narrativa evidencia episódios marcantes, como seu convívio com a atriz Ruth de Souza, amiga que o abrigava após as manifestações políticas pelos direitos dos trabalhadores; e o momento em que “Mulher Barriguda“, cuja letra é de Solano e compreendida como canção de protesto à ditadura militar, foi gravada pelo grupo Secos e Molhados, em 1973.

Dada sua militância política pacífica, Solano é considerado por muitos o Gandhi da literatura popular brasileira, mesmo tocando em pontos nevrálgicos – dentre eles, a dificuldade de inserção do negro no mercado de trabalho.  “A voz de Solano se faz necessária neste momento porque, infelizmente, tudo que ele falou há 70 anos segue em pauta. O Brasil ainda sofre com essa ferida aberta que é o racismo; os direitos dos trabalhadores estão caindo por terra e o povo vem sendo massacrado. A luta de Solano se dava com armas como a poesia, a palavra e o amor”, ressalta Geovana Pires, diretora e idealizadora do projeto.

Além das cinco apresentações virtuais da montagem, o projeto com recursos aprovados através da Lei Aldir Blanc, por meio do Governo Federal, do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro ofereceu ainda uma palestra e duas oficinas gratuitas. “Este espetáculo é um grito de liberdade. Creio que a mensagem mais importante é a consciência de que estamos em guerra, que o Estado está dizimando nossa juventude negra e que temos que nos unir para vencer. É urgente e todos estão envolvidos”, finaliza Geovana.

 

 

SERVIÇO:

“SOLANO, VENTO FORTE AFRICANO”

Quando1º, 02, 08, 09 e 13 de maio – 20h

Onde: Canal do YouTube da Casa Poema – https//bit.ly/3uCkvpi

Entrada Gratuita

Duração: 90 minutos

Classificação Indicativa: 12 anos

Gênero: Documental

 

Após as apresentações haverá um bate-papo com os Quilombos da Machadinha (Quissamã), Baía Formosa (Búzios), Cafundá Astrogilda (Vargem Grande), Maria Conga (Magé) e Camorim (Jacarepaguá).

 

FICHA TÉCNICA:

Texto: Solano Trindade, Elisa Lucinda e Geovana Pires

Direção: Geovana Pires

Elenco: Val Perré, Elisa Lucinda, Valéria Monã, Nando Rodrigues, Damiana Inês, Regina Café e Rozan

Direção Musical: Beá

Preparação Vocal: Canto Preto – Ayiê Ti Eso & Vinicius Pereira

Consultoria Musical: Liberto Solano Trindade

Direção de Movimentos: Valéria Monã

Figurino: Joana Seibel

Cenário: Iléa Ferraz

Iluminação: Djalma Amaral

Fotografia: Andreia Rocha e Valmyr Ferreira

Programador Visual: David Lima

Adereços: Iléa Ferraz, Joana Seibel & Vitor Martinez

Costureiras: Ângela Fagundes e Juçara Carvalho

Contrarregra: Eduardo Brandão

Mídias Sociais: Rozan e Nando Rodrigues

Cenotécnicos: André Salles e Fátima de Souza

Operador de Luz: Alessandro Persan

Técnico de Montagem de Luz: Chapinha

Assistentes de Produção: Aisha Jambo e Pamela Alves

Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Assessoria – Gisele Machado & Bruno Morais

Direção de Produção: Damiana Inês

Escritório Casa Poema: Camila Candal Certo e Taís Espírito Santo

Coordenação Geral: Geovana Pires

Produção: Bloco Pi Produções