Ocorreu no dia 15 de dezembro, através de um ato comemorativo on-line, a celebração do 50° aniversário das relações diplomáticas entre a China e o Chile. Estiveram em destaque os intercâmbios culturais tão necessários para o conhecimento mútuo de diferentes perspectivas: história, literatura, ensino, papel dos meios de comunicação, eventos culturais etc.

Nessa oportunidade, tiveram a palavra o ex-Presidente da República do Chile, Eduardo Freire; o atual Embaixador do Chile na China, Luis Schmidt; a Conselheira Cultural da China no Chile, Yang Changqing; o Diretor do Centro de Estudos Latino-Americanos sobre a China da Universidade Andrés Bello de Chile, Fernando Reyes Matta; o Professor da Universidad de Lengua y Cultura de Beijing, Sun Xintang; a Co-Diretora da Pressenza, Pía Figueroa; a Diretora do Departamento de Espanhol do Centro de Programas de Línguas Europeias e Latino-Americanas do Grupo de Meios de Comunicação da China, Yin Xiaotong; o CEO da Rádio Cooperativa, Luis Ajenjo; e o ex-Presidente da Sociedade de Escritores do Chile, Ramón Díaz.

O vídeo a seguir informa sobre a importante celebração (en español):

Além disso, reproduzimos aqui as palavras que a Co-diretora chilena da Pressenza, a senhora Pía Figueroa, pronunciou em nome de toda a nossa agência, nessa oportunidade:

“Em primeiro lugar, queria cumprimentar-lhes e dizer-lhes que me sinto muito honrada em fazer parte ― em nome da agência internacional de notícias Pressenza ― desta celebração. Ratifico plenamente o que já foi exposto aqui a respeito da relevância histórica e cultural do estabelecimento das relações entre os nossos países há 50 anos e queria enfatizar a importância que é ter um olhar para o futuro, para os 50 anos que estão por vir.

Como agência que trabalha em nove idiomas, destacando as notícias de paz e não violência, estamos convencidos de que as comunicações têm um papel fundamental na aproximação dos povos, seu relacionamento mútuo e o desenvolvimento de relações de colaboração, cooperação e amizade.

A veracidade da informação divulgada, os contextos oferecidos, o relato que define os distintos pontos de vista e a intenção de favorecer o entendimento entre os povos, tudo isso resulta fundamental para que, efetivamente, seja alcançado o desenvolvimento de uma fraternidade, o sentimento de afinidade que nos faz sentir parte de uma mesma comunidade humana.

Mais especificamente, contribuir para mostrar as distintas culturas latino-americanas, ajudá-las a cruzar a imensidão do Pacífico ao construir essa convergência com a China, fazê-lo com um olhar internacionalista resulta, sem dúvida, em um aporte ao progresso no sentido de formar uma nação humana universal ou um destino de comunidades compartilhadas para o futuro da Humanidade.

Porque é conhecendo-se, estabelecendo confiança e reciprocidade que podemos enfrentar os problemas comuns que temos globalmente, dos quais não parece ser possível que ninguém saia sozinho.

São os meios de comunicação que nos têm ajudado a tomar consciência tanto da destruição ambiental como da ameaça nuclear. Graças às comunicações, temos conseguido nos sustentar na pandemia atual e aprender uns dos outros como se deve combatê-la. Porém, são também os meios que nos permitem debater e informar como superar a pobreza e a marginalidade, de que maneira enfrentar o problema do (des)emprego, como superar a discriminação, só para citar alguns dos temas que nos obrigam a procurar soluções conjuntas.

Por outro prisma, a ciência desenvolve os conhecimentos e os avanços tecnológicos abrem um leque enorme de possibilidades, ao mesmo tempo em que a inteligência artificial vai sendo aplicada nas mais diversas áreas, incluídas as comunicações. Os sonhos dos povos estão orientados na direção das sociedades humanistas nas quais a dor e o sofrimento podem ser superados.

Queremos apostar na esperança de que, daqui a 50 anos, seja possível dizer que levamos algum tempo para resolver os problemas globais, mas que fomos capazes de superá-los, graças ao esforço de todos.”


Traduzido do espanhol por Graça Pinheiro / Revisado por José Luiz Corrêa