Hoje, terça-feira, 3 de setembro, continua o desenvolvimento virtual que que dá continuidade à XI Assembleia Regional da Campanha Latino-americana pelo Direito à Educação (CLADE), que semana após semana vem alinhando um processo de reflexão, desenvolvendo hoje mais uma sessão.
Desta vez, as desigualdades foram abordadas, como nó central da educação na América Latina e no Caribe. O painel foi intitulado “Desigualdades, inclusão e educação: interseccionalidades” e o encontro foi realizado em parceria com a Campanha Boliviana pelo Direito à Educação (CBDE), Oxfam IBIS e a Rede de Educação Popular entre Mulheres da América Latina e Caribe (REPEM).
Com palavras de abertura de Elisabeth Robert e as boas-vindas em nome do Comitê Diretivo de CLADE de David Aruquipa, as apresentações começaram com uma visão do panorama regional feito por Karina Batthany, Secretária Geral de CLACSO. Quem mencionou que a região latino-americana tem a maior desigualdade do mundo, não só economicamente, mas também educacional e culturalmente, racialmente, com enormes desigualdades de gêneros, exclusão e invisibilidade de populações indígenas, afrodescendentes, migrantes, etc. É necessário reformular o marco conceitual de nossas sociedades pensando em um modelo que permita o exercício profundo da democracia participativa, da inclusão e da superação da pobreza.
Seguindo Vernor Muñoz, Diretor de Políticas CME e Ex- relator da ONU sobre o Direito Humano à Educação, quem reafirmou esta situação de extrema inequidade e mencionou o quadro patriarcal da nossa sociedade, em todos os seus aspectos. Um patriarcado que atua excluindo e discriminando, com estruturas organizacionais que permeiam os estados, o sistema educacional e até os conteúdos educacionais. A única possibilidade de superar as múltiplas discriminações e violações, argumentou é através de uma nova perspectiva interseccional.
Em seguida, continuou com as apresentações temáticas que focaram na descrição de como estas desigualdades se manifestam e aumentam em tempos de pandemia, especificamente as que afetam o gênero descrito por Monica Novillo, Coordenadora da Rede de Educação Popular, entre mulheres deficientes graças a exposição de Celeste Fernandes, Coordenadora da Rede de Educação Inclusiva. As interseccionalidades que afetam o mundo indígena e principalmente suas mulheres, meninas e adolescentes evidenciadas por Liberdade Pinto, e as populações migrantes no contexto de pandemia com as palavras de Haderson, Joseph, Coordenador do Programa Fronteiras Universidade do Amapá no Brasil.
Antes de terminar teve oportunidade como nas sessões anteriores da Assembleia para a formulação de comentários e questões virtuais recolhidas no chat, sendo respondidas por meio de encerramento por cada um dos expositores.
Traduzido do espanhol por Ivy Miravalles / Revisado por Tatiana Elizabeth