As manifestações do dia 18 de março são extremamente importantes para fazer frente ao fascismo galopante que assola o Brasil.

Crise institucional

Em meio a resultados econômicos vergonhosos e a extrema dificuldade de realizar articulação política, a turma do Bolsonaro tem tentado “peitar” os outros poderes institucionais. O Brasil possui um sistema de divisão de poderes que foi cunhado há muitos séculos e implementado em diversos países do mundo. A tese é que: “poder barra poder”, logo, para impedir a tirania, é preciso dissipar e diluir o poder do Estado. Por isso temos o STF e o Congresso Nacional, formado por Senado e Câmara dos Deputados.

As trapalhadas do governo federal corroem a sua articulação política, e culminou inclusive na implosão do principal partido de sustentação de Bolsonaro, o PSL. A tentativa de criar um novo partido fracassou na obtenção das assinaturas necessárias. A Aliança pelo Brasil – que de forma bizarra busca o número 38 para fazer alusão a arma – não vai participar das eleições municipais.

Remédio autoritário

Como não consegue impor seu projeto pela da deliberação, do acordo entre as partes, a estratégia para intimidar os outros poderes é partir para o claro autoritarismo. Não é novidade para ninguém que os que hoje se instalaram em Brasília flertam com ditaduras e desprezam os direitos humanos. Assim buscam pela via do medo e da violência chegar aos seus objetivos, buscando um auto-golpe.

Frente ao fascismo

Bolsonaro nem precisou de oposição. Certamente para os grupos que hoje se opõe ao governo, a oposição é feita com facilidade. Implodiu seu próprio partido, está submerso em um lamaçal de escândalos que o ligam diretamente a grupos milicianos no Rio de Janeiro. A promessa de milagre econômico também não se concretizou: o que temos assistido é a retirada violenta de direitos sociais que expõe a população mais pobre a aguda barbárie.

É por isso que as manifestações do dia 18, que se opõe às do dia 15 (que defendem fechar o Congresso, atentam contra o STF), são extremamente importante. O dia 18 é o dia de ir para as ruas e defender a democracia. Defender os direitos sociais, políticos e civis. E dizer um estrondoso não a ameaça fascista.