Após um ano de criação, o movimento Defender La Paz reafirma sua decisão de continuar unindo esforços para manter a paz como tema central da agenda pública na Colômbia.

Promotor de iniciativas contra a violência e para a vida no país, é um bloco plural composto por ex-negociadores do processo de paz, ex-ministros, ex-constituintes, acadêmicos, congressistas, artistas, advogados e líderes de partidos políticos e organizações sociais e vítimas da conflito armado interno

Ao completar seu primeiro ano nesta semana, ele ratificou seu compromisso com a defesa e a implementação abrangente do Acordo de Paz negociado em Havana e assinado em 2016 pelo Estado e pela antiga guerrilha das FARC-EP.

Nossas prioridades estão, em primeiro lugar, na defesa da vida das pessoas que exercem liderança social e dos ex-combatentes, na aprovação dos constituintes transitórios especiais da paz e na implementação territorial do Acordo.

Na opinião do senador Iván Cepeda, ‘essa poderosa convergência ajudou a proteger o processo de paz de todos os tipos de ataques, a avançar na implementação do Acordo e a mobilizar a vida de ex-guerrilheiros e líderes sociais nos territórios’.

Nesse contexto, a primeira Cúpula pela Paz Territorial foi realizada nesta semana em Bogotá, com a presença de mais de 500 pessoas, muitas delas prefeitas e governadoras de municípios e departamentos estratégicos que concordaram em estabelecer uma rede de autoridades locais para a paz.

Os participantes publicaram seu compromisso com a paz em uma declaração expressando que ‘a paz é o caminho, a paz é imparável’ e se comprometeram a implementar o Acordo para o término do conflito armado nos planos de desenvolvimento territorial.

O movimento agradeceu os anúncios feitos na cúpula pela prefeita da cidade, Claudia López, ‘e seu firme compromisso de implementar o Acordo, para tornar Bogotá o epicentro da paz e da reconciliação’.

Existem muitos compromissos expressos pelas autoridades locais e, portanto, convocaremos uma segunda cúpula para identificar os progressos e os desafios da paz territorial pelos quais o governador do departamento de Magdalena, Carlos Caicedo, prometeu ser seu anfitrião, afirmou.

Da mesma forma, o movimento expressou ao governo nacional que, apesar das grandes diferenças na abordagem, na valorização do Acordo e no papel do Executivo em sua implementação, ‘estamos dispostos a estabelecer um diálogo sério, profundo e proveitoso sobre a implementação integral’ do que acordado.

Falando na cúpula, Carlos Ruiz Massieu, chefe da Missão de Verificação da ONU na Colômbia, disse que o Acordo oferece ferramentas para acabar com os ciclos de violência e que sua implementação abrangente em todos os seus aspectos é o caminho para consolidar Uma paz estável e duradoura.

Mantemos viva a esperança, confiamos que, acima de todos os obstáculos, distorções e manobras, todos os dias mais colombianos, sem distinções políticas, entendam a enorme importância do acordo, afirmou Rodrigo Londoño, presidente do partido das FARC.

Não estamos aqui para chorar sobre o leite derramado. Estamos aqui porque aplaudimos que, das regiões, das localidades e da imensa geografia rural colombiana, os corações se levantam em um imenso esforço para preservar, fortalecer e implementar o Acordo, disse ele.

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