Comissão de emergência reuniu-se nesta quarta-feira por algumas horas e ouviu vários especialistas sobre o surto na cidade chinesa de Wuhan, que já matou pelo menos 17 pessoas e contaminou mais de 500, segundo agências de notícias.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que são necessárias mais informações para prosseguir com as discussões que definirão se o surto de uma nova cepa do coranavírus constitui uma emergência de saúde pública de interesse internacional.

O chefe da agência da ONU disse após uma reunião da Comissão de Emergência sobre a questão, que ocorreu nesta quarta-feira em Genebra, que por esse motivo decidiu solicitar uma nova reunião para a quinta-feira e continuar com a discussão.

Uma equipe da OMS na China está trabalhando com especialistas e autoridades locais para investigar o surto. Foto:  Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA

Decisão

Segundo Ghebreyesus, esta é uma decisão que ele “leva muito a sério” e que só estaria preparado para tomar “com a devida consideração de todas as evidências”. Ele disse que uma equipe da agência da ONU na China está trabalhando com especialistas e autoridades locais para investigar o surto.

O chefe da OMS destacou que ficou “muito impressionado com os detalhes e a profundidade da apresentação da China”. Ele também agradeceu a cooperação do Ministro da Saúde do país, com quem disse ter conversado diretamente nos últimos dias e semanas.

Casos

Segundo agências de notícias, até essa tarde de quarta-feira em Nova Iorque, já haviam sido confirmados mais de 500 casos da doença, com 17 mortes. Além da China, Tailândia, Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos  detectaram a doença.

Pelo menos 15 trabalhadores da área da saúde de Wuhan também teriam sido infectados pelo vírus.

As primeiras suspeitas do vírus surgiram no último dia do ano quando a cidade de Wuhan, que tem mais de 11 milhões de habitantes, informou sobre casos de pneumonia com uma etiologia (o estudo dos tecidos) até então desconhecida.

Uma semana depois, autoridades chinesas informaram que uma nova cepa do coronavírus havia sido detectada. Outros casos foram depois notificados em Pequim, capital da China, Xangai e Shenzen.

A notícia alarmou a Organização Mundial da Saúde, OMS, que chegou a recear o retorno da epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave, Sars, surgida em 2003.

 

Carne e ovos

A OMS já publicou orientações para detectar e tratar pessoas com o novo vírus, incluindo a lavagem regular das mãos e cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar.

Outras medidas preventivas incluem cozinhar bem alimentos como carne e ovos e evitar o contato próximo com qualquer pessoa que apresente sintomas de doenças respiratórias, como tosse e espirros.

 

 

 

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