Há quatro meses sem Congresso, país andino terá eleição considerada decisiva neste domingo (26); mandato será mais curto do que o normal, de apenas dois anos

No meio de uma crise institucional atravessada pelo Peru, o presidente do país, Martín Vizcarra, dissolveu o Congresso do país no final de setembro. A manobra constitucional foi tomada para evitar outra, dos deputados apoiadores do ex-ditador Alberto Fujimori, que queriam assumir o controle do órgão equivalente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Para entender melhor sobre o tema e o motivo de o país convocar uma eleição exclusivamente para o Congresso no próximo domingo (26), a TV Diálogos do Sul conversou com a candidata a deputada Flor Borja, em Lima, no Peru.

Borja, que se define como feminista, concorre a uma vaga no Congresso pelo Partido Morado, roxo, em português, de tendência centrista.

Ela classifica a dissolução do Congresso ocorrida no ano passado como produto de “uma série de bloqueios, corrupção, manipulações e obstrucionismo por parte de outras bancadas no Congresso, que não permitiam o desenvolvimento do país”.

Questionada sobre o curto período de mandato desta eleição — somente até 2021 — e a força dos representantes fujimoristas que estão no poder há muito tempo, Borja considera que essa é uma oportunidade para rechaçar “ tudo que o fujismorismo representa”.

“As máfias, a corrupção, a blindagem, os “tamalitos” (caso de corrupção)… não queremos mais disso”, diz. “Precisamos nos envolver e temos nos envolvido e construído um partido do zero para remover essa idéia sobre a política”, explica, para, na sequência, concluir com um chamado à juventude: “precisamos que as pessoas entendam que a política não é corrupção, não é o ‘rouba, mas faz’”.

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