Trotta havia sido reconhecida pelo ex-presidente Mauricio Macri; ‘sua missão especial na República da Argentina e suas funções dentro da estrutura foram encerradas’, disse chancelaria

O governo da Argentina decidiu nesta teça-feira (07/01) retirar as credenciais diplomáticas de Elisa Trotta Gamus, que havia sido nomeada por Juan Guaidó como embaixadora da Venezuela no país.

“Escrevo com o objetivo de informar que, a partir desta data, sua missão especial na República da Argentina e suas funções dentro da estrutura foram encerradas”, diz a nota do Ministério das Relações Exteriores.

Trotta havia entregado suas credenciais a Jorge Faurie, então chanceler do ex-presidente Mauricio Macri, que reconheceu a venezuelana como representante diplomática da Venezuela no país.

A decisão de Macri veio após o seu governo reconhecer, em abril, o deputado de direita Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, após o parlamentar se autoproclamar mandatário, em janeiro de 2019.

Por conta do reconhecimento anterior concedido ainda no governo Macri, Trotta já havia autorizado o funcionamento de uma sede para o consulado de seu país em Buenos Aires, que funcionava em paralelo com a que abrigava representantes do governo venezuelano presidido por Nicolás Maduro.

Em dezembro, o ministro das Relações Exteriores do presidente Alberto Fernández, Felipe Solá, havia dito ao jornal Clarín que as atividades desempenhadas por Trotta “eram ilegais” e que o governo peronista não “buscaria desculpas”.

“Sabemos que as relações são complexas, mas também não se pode violar a legislação para se ter o embaixador que alguém quer”, disse o chanceler à época.

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