Em entrevista exclusiva à Diálogos do Sul durante a COP 25, José Gregório Díaz fala sobre o assassinato dos povos originários e a importância do Papa Francisco

 

VANESSA MARTINA SILVA

 

“Está sendo feita muita destruição no território, mas infelizmente este modelo ainda conta com o apoio das empresas e dos grandes bancos do mundo, que ainda insistem nesse tipo neste modelo de desenvolvimento e neste modelo de desenvolvimento extrativo, de mineração que causa muitos danos aos territórios indígenas”, diz a liderança.

Mas a participação da COICA na conferência não foi só de crítica. Díaz ressalta que a orgazanização levou casos concretos e bem-sucedidos, como a Rede ndígena Amazônica, chamada Ría Uno, que está na reserva Amarakaeri da selva peruana, onde a população conseguiu frear a questão da mineração ilegal, o desmatamento e a poluição do território, o que foi feito pelos povos indígenas e comunidades dessa área.

A morte de líderes indígenas foi um dos temas no cento do debate: “estamos muito sentidos pelos assassinatos dos irmãos Guajajara. Não estão respeitando a situação dos povos indígenas” e destaca que a perseguição,o processo de queimadas e o desmatamento no país se dão para estender a fronteira agrícola até a floresta amazônica. Os criadores de gado e empresários “acreditam que na selva não existe nada e não têm que pedir permissão para ninguém”.

Sobre Greta Thunberg, a jovem ativista que tem tomado os holofotes da imprensa mundial no debate sobre mudanças climáticas, Díaz é categórico ao dizer que ela gerou um importante movimento em todo o mundo “mas ela luta há um ano — e que bom que ela mobilizou a fibra das emoções da humanidade, sobretudo nas crianças e jovens, o que valorizamos —, mas, por outro lado, nós já temos mais de 50 anos lutando pelos direitos da natureza e da vida e, muitas vezes, isso não é notícia”.

Assista a entrevista completa (ative a legenda em português):

 

O artigo original pode ser visto aquí