A ex-presidenta Dilma Rousseff denunciou hoje que, com seu voto nas Nações Unidas a favor do bloqueio contra Cuba, o Governo de Jair Bolsonaro atacou um país e povo amistoso com Brasil.

‘Bolsonaro ataca um país e um povo que sempre atuou de maneira fraternal com o Brasil’, escreveu Rousseff em sua conta da rede social Twitter.

Durante a votação ontem na Assembleia Geral da ONU, Cuba recebeu o respaldo abrumador da comunidade internacional, quando 187 Estados membros se pronunciaram contra o assédio econômico, comercial e financeiro de Washington.

Só dois países se abstiveram: Colômbia e Ucrânia; enquanto Estados Unidos, Israel e Brasil votaram na contramão do levantamento do cerco e ficaram isolados ante o reclamo da maioria da comunidade internacional.

De acordo com a ex-presidenta brasileira, ‘o bloqueio a Cuba durante 52 anos tem causado danos sociais ao povo cubano’ que somam milhões de milhões de dólares.
Qualifica de ‘tentativa calculada de genocídio, que a dignidade do povo cubano tem impedido’.

Em uma série de mensagens, Rousseff também considerou que ‘a imensa maioria dos países da ONU votam sistematicamente contra o bloqueio estadunidense’.

Considera que Bolsonaro ‘rompe com toda uma tradição diplomática e democrática no Brasil ao votar na ONU, pela primeira vez em 27 anos, a favor do bloqueio norte-americano contra Cuba, assumindo uma vez mais sua submisão ao Governo de (Donald) Trump’.

A ex-chefe de Estado (2011-2016) considera covarde a posição de ‘cinco governos que violaram os direitos de todo o povo cubano, mas que não conseguiram ganhar à coragem de 187 países na ONU, os quais declararam sua rejeição a esta absurda inumanidade’.

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