Em entrevista à DW Brasil, especialista em Oriente Médio critica escolhas da diplomacia brasileira e aproximação com príncipe saudita. “Bolsonaro escolheu viajar para lugares que são clientes dos EUA até a medula.”

Em uma viagem que acabou sendo ofuscada por controvérsias pessoais de Jair Bolsonaro no Brasil, a agenda do presidente no Oriente Médio teve como principal resolução o anúncio de um aporte de 10 bilhões de dólares pelo Fundo Soberano da Arábia Saudita em projetos de energia e infraestrutura. Entre outras parcerias comerciais com os sauditas, que interessavam ao agronegócio brasileiro, também foram viabilizados acordos aduaneiros com o Catar e os Emirados Árabes.

Apesar do viés comercial, o momento mais comentado da visita à região foi a declaração de Bolsonaro de que o líder da Arábia Saudita, Mohammad Bin Salman, é “um irmão”. O príncipe herdeiro do trono saudita é acusado de ordenar o assassinatodo jornalista Jamal Khashoggi no consulado de seu país na Turquia, em outubro do ano passado e o governo saudita regularmente encarcera ativistas pelos direitos das mulheres.

Em entrevista à DW Brasil, o professor da Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Salem Nasser, doutor em Direito Internacional e especialista em assuntos do Oriente Médio, analisa os sentidos da visita de Bolsonaro à região. Para Nasser, a visita é mais uma prova do alinhamento incondicional da diplomacia brasileira a Washington.

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