Por Sul21

O PT anunciou nesta sexta-feira (28), em nota, que os parlamentares do partido não estarão presentes na cerimônia de posse do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), marcada para o dia 1 de janeiro. O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou pelo Twitter que o partido também não participará, colocando: “nossa resistência já começou”.

Dentre as justificativas do PT para não comparecer à posse estão “ódio do presidente eleito contra o PT, os movimentos populares e o ex-presidente Lula é expressão de um projeto que, tomando de assalto as instituições, pretende impor um Estado policial e rasgar as conquistas históricas do povo brasileiro”. A nota do partido também cita que as posições e opiniões de Bolsonaro “estimulam o ódio, a intolerância e a discriminação”.

“Participamos das eleições presidenciais no pressuposto de que o resultado das urnas deve ser respeitado, como sempre fizemos desde 1989, vencendo ou não. Mantemos o compromisso histórico com o voto popular, mas isso não nos impede de denunciar que a lisura do processo eleitoral de 2018 foi descaracterizada pelo golpe do impeachment, pela proibição ilegal da candidatura do ex-presidente Lula e pela manipulação criminosa das redes sociais para difundir mentiras contra o candidato Fernando Haddad”, aponta o texto.

A nota é assinada por Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara; Lindbergh Farias, líder do PT no Senado; e Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT. O partido tem a maior bancada no Congresso, com 56 deputados federais e quatro senadores eleitos.

Representando o PSOL, Juliano relatou que a bancada do partido foi convidada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a posse, como é de praxe. “Mas como prestigiar alguém que despreza os direitos humanos, promete colocar o Brasil de joelhos diante dos EUA e destruir os direitos sociais?”, questionou, anunciando a ausência dos parlamentares. A bancada do PSOL será composta por dez parlamentares a partir de 2019.

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