Por Vitor Taveira/Calle2

Em Alto Paraíso (GO), um movimento de inspiração anarquista inova na política: elege cinco pessoas para um ‘mandato compartilhado’.

Um portal em forma de disco voador indica que você chegou em Alto Paraíso de Goiás, um município localizado em pleno cerrado goiano, a 230 km de Brasília, que serve de porta de entrada para a bela Chapada dos Veadeiros. Local místico, com pouco mais de 7 mil habitantes, já teve diversos registros de OVNIS, tanto que esculturas de pequenos ET’s fazem parte da decoração da cidade.

É no seio desse local que uma experiência política inovadora conseguiu sucesso nas eleições do último domingo. Ali foi eleito o Mandato Coletivo, uma candidatura única composta por cinco pessoas de diferentes formações. Cada um é responsável por uma área estratégica: jurídica; meio ambiente; cultura e juventude; turismo e comércio; educação e agroecologia.

Não está descartada a inclusão de novos integrantes, desde que aprovados por 75% do total de membros. Cada pasta pode ter participação de vários integrantes, porém terá apenas um representante. Todas as decisões serão tomadas coletivamente.

Com responsabilidades compartilhadas, o trabalho será menor, e o grupo se propôs a abrir mão do salário de vereador, que será destinado a um fundo comum a ser investido em “assuntos de interesse comum do município”. Entre as propostas para utilização do recurso estão a realização de um festival de cultura para a juventude e ações como mutirões para reflorestamento em torno de nascentes.

A ideia de um mandato coletivo não é totalmente nova. Vereadores de Salvador, Piracicaba e São Paulo já se articularam em prol da causa; o inovador do movimento de Alto Paraíso é definir o grupo antes do lançamento da campanha política, e não depois.

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