La Paz, 13 out (Prensa Latina) O presidente Evo Morales foi reeleito para governar a Bolívia no período 2015-2010, depois de derrotar com facilidade seus quatro opositores nas eleições gerais de domingo, segundo dados preliminares divulgados hoje nesta capital.

O presidente e candidato do Movimento ao Socialismo (MAS) ganhou em todos os colégios habilitados no exterior e no território nacional com 60% dos votos válidos, segundo os relatórios provisórios.

O empresário Samuel Doria, do opositor Unidade Democrática, conseguiu 25% de apoio e será assim a principal força de oposição na Bolívia.

Jorge Quiroga (Partido Democrata Cristão) ficou em terceiro com nove porcento dos votos, enquanto Juan del Granado (Movimento sem Medo) e Fernando Vargas (Partido Verde) obtiveram três porcento cada.

O MAS domina agora a Assembleia Legislativa Plurinacional, com 25 dos 36 assentos no Senado e 80 dos 130 na Câmara de Deputados. O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) prevê divulgar os dados conclusivos na manhã desta segunda-feira.

Sabendo apenas os dados preliminares da votação, multidões de bolivianos saíram ontem à noite às ruas de todo o país para comemorar a reeleição de Morales.

Imagens difundidas pela televisão nacional mostraram milhares de seguidores do MAS nas principais praças dos nove departamentos (estados) deste país sul-americano.

A música e o entusiasmo popular predominaram nas concentrações, onde líderes sindicais e de movimentos sociais pronunciam discursos pela nova vitória do primeiro presidente indígena da Bolívia.

Presidentes da Argentina, Uruguai, Cuba, Venezuela, Equador e Nicarágua comemoraram a vitória eleitoral de Morales com telefonema, notas oficiais e comentários nas redes sociais.

O mandatário boliviano liderou com tranquilidade todas as pesquisas de opinião difundidas antes e durante a campanha eleitoral, tendo nas últimas pesquisas uma média de 59% das intenção de votos, e consolidou uma vantagem de 40 pontos.

Depois de seu triunfo oficial nas urnas, se converterá no final do próximo ano no chefe de Estado da Bolívia com mais tempo à frente do país.

Mais de seis milhões de bolivianos habilitados dentro e fora do país votaram pelo presidente e vice-presidente da nação andina, bem como pelos membros do Parlamento nacional, das legislaturas departamentais e deputados a órgãos regionais

A votação incluiu 1.043 candidatos, dos quais 333 são do Movimento ao Socialismo, 285 de Unidade Democrática, 208 do Movimento Sem Medo, 112 do Partido Democrata Cristiano e 105 do Partido Verde da Bolívia.

Diversos relatórios emitidos ao longo do dia pelo TSE, as missões internacionais de observação e a imprensa local destacaram a normalidade do processo eleitoral, o civismo da população e a alta participação de cidadãos.