Nações Unidas, 26 jun (Prensa Latina) O Comitê Especial de Descolonização da ONU submete uma vez mais a sua consideração o caso das Ilhas Malvinas, território argentino ocupado pelo Reino Unido desde janeiro de 1833.
Como ocorreu nos últimos 30 anos, o órgão de 29 membros -estabelecido pela Assembleia Geral em 1961- acolhe uma resolução que insta à solução pacífica e negociada da controvérsia entre Buenos Aires e Londres sobre a soberania das ilhas, reivindicação ignorada pela potência europeia.

Apresentada pelo Chile, com o co-patrocínio de Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela, a iniciativa reitera que essa aproximação é a maneira de pôr fim à situação colonial das Malvinas.

Ademais, lamenta que apesar do amplo respaldo internacional ao diálogo entre os governos argentino e britânico, o processo ainda não se materializou e, portanto, não se cumpriram as resoluções adotadas pelo Comitê.

O documento, que deve ser aprovado sem maiores problemas, também ratifica seu apoio à missão de bons ofícios do Secretário Geral das Nações Unidas para cumprir o mandato da Assembleia, em sintonia com vários textos relacionados com o caso e a resolução 1514 de 1960 para o fim do colonialismo no planeta.

A Argentina enviou seu chanceler, Héctor Timerman, ao quartel geral da ONU, com o objetivo de expor a situação e enfatizar a plena disposição de Buenos Aires para encontrar uma saída pacífica à disputa de soberania, informou o Ministério de Relações Exteriores e Culto do país sul-americano.

No ano passado, Timerman advertiu que a ocupação das Ilhas Malvinas em 1833 constituiu um ato de agressão injustificado do Império britânico a uma nascente República latino-americana.

“Um vício colonial que persiste, incrivelmente, em pleno século XXI, no extremo sul do continente americano e a 14 mil quilômetros do Reino Unido”, denunciou na sessão do Comitê, de 2013.