Nações Unidas, 17 mar (Prensa Latina) Mais de seis mil delegadas de 193 países prosseguem hoje nas Nações Unidas os debates sobre igualdade de gênero e empoderamento feminino, no 58 Período de Sessões da Comissão da Condição Jurídica e Social da Mulher.

[media-credit id=823 align=”aligncenter” width=”285″]onu-mujeres[/media-credit]O fórum entra em sua segunda e última semana com uma jornada de discussões gerais e consultas, centradas em prioridades como o espaço das mulheres e meninas no marco do desenvolvimento sustentável pós-2015 e o acesso à educação e saúde.

Também, as oportunidades de emprego e preparação, os direitos sexuais e reprodutivos e o fim da violência se destacam na agenda da Comissão do Conselho Econômico e Social da ONU.

Até o momento, a reunião instalada na segunda-feira passada foi cenário de demandas de inclusão da igualdade de gênero e do empoderamento feminino nos novos objetivos de desenvolvimento, e de uma maior vontade política dos governos para pôr fim à discriminação.

Entre as intervenções predominou também a opinião de que o atual panorama de marginalização e de não equidade faz das mulheres um dos setores mais vulneráveis ante a pobreza.

As mulheres sofrem como ninguém as dificuldades ao acesso à alimentação, saúde, água potável e energia, um fenômeno com maior impacto nos povos originários, declarou à Prensa Latina a ativista guatemalteca Otilia Lux de Coti, diretora-executiva do fórum Internacional de Mulheres Indígenas.

Por sua vez, a coordenadora do Pacto da Ásia para os Povos Indígenas, Thapa Magar, disse que as originárias sofrem duplamente o tema da exclusão “por serem indígenas e mulheres”.

A estas alturas há estados que ainda duvidam em nos reconhecer como cidadãs, porque nos consideram pessoas de segunda categoria, lamentou.

Para a deputada cubana Surina Acosta, a equidade e o empoderamento requerem compromisso de todos os setores da sociedade.

Só a vontade política pode mudar o atual cenário mundial, marcado pelas desigualdades e seu particular impacto em mulheres e meninas, a experiência cubana demonstra quanto pode ser avançado a partir do apoio do governo, disse à Prensa Latina.

Espera-se que o evento contribua com elementos para a elaboração do novo marco de desenvolvimento sustentável, que substituirá em 2015 as metas do milênio fixadas há 14 anos.

Pensemos em um futuro diferente, com inclusão e igualdade no planeta, afirmou na inauguração do 58º Período de Sessões da Comissão a secretária-geral adjunta das Nações Unidas e diretora-executiva da ONU-Mulher, Phumzile Mlambo-Ngcuka.