Atingidos por barragens de todo o país realizam desde o início desta semana uma série de atividades em torno do Dia Internacional de Luta contra as Barragens, pelos Rios, pela Água e pela Vida, comemorado nesta quinta-feira (14).

As ações, organizadas pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), reivindicam a criação da Política Nacional de Direitos dos Atingidos por Barragens, para fortalecer a luta por um outro modelo energético e avançar nas ações conjuntas entre os trabalhadores do campo e da cidade. “Portanto, reforçamos a importância da unidade na luta entre os povos, fortalecendo o internacionalismo contra o projeto do capital que, mesmo em crise, se reorganiza para não perder sua função, que é exploração máxima dos trabalhadores e da natureza”, afirma o MAB em nota.

A comemoração do dia 14 de março foi definida em 1997, quando o Brasil sediou o 1º Encontro Internacional dos Atingidos por Barragens. Desde então, populações atingidas por barragens do mundo inteiro denunciam nesta data o modelo energético que, historicamente, tem causado graves consequências sociais, econômicas, culturais e ambientais.

Para além das ações do dia 14 de março, o MAB ressalta que as lutas dos atingidos por barragens devem ser “permanentes, contra as empresas transnacionais privatistas e rentistas, contra os altos preços das tarifas de energia, em defesa da água e da energia, com distribuição da riqueza e controle popular”.

Entre as ações realizadas ao longo desta semana pelos atingidos por barragens estão manifestações e encontros estaduais. O MAB também prepara o Encontro Nacional dos Atingidos por Barragens, que será realizado em São Paulo, entre os dias 3 e 7 de junho, com a participação de 5 mil militantes.

Matéria da redação do Brasil de Fato