Brasília – A crise política no Egito atingiu a cúpula do governo do presidente egípcio, Mouhamed Mursi. Três assessores do presidente renunciaram aos cargos após mais de uma semana de protestos contra Mursi. No começo do dia hoje (6)  manifestantes contrários ao governo incendiaram escritórios de aliados do governo, nas cidades de Ismailia e Suez.

Ontem (5) houve intensas manifestantes em frente ao palácio do governo. Os manifestantes reagem ao decreto, editado por Mursi, que lhe concede amplos poderes e reduz a força do Judiciário e do Legislativo. O decreto define ainda que as ações do presidente não podem ser contestadas.

Deixaram o governo Amr Al Laythi, Seif Abdel Fattah e Ayman Al Sayyad. No total, seis assessores diretos renunciaram aos cargos desde 22 de novembro. A equipe de conselheiros de Mursi é formada por 17 pessoas.

O Ministério da Saúde do Egito informou que pelo menos 221 pessoas ficaram feridas nos confrontos de ontem, enquanto os manifestantes dizem que duas pessoas morreram nos confrontos.

Mahmoud Ghozlan, da Irmandade Muçulmana, que apoia Mursi, defendeu a retirada à força dos manifestantes das ruas em frente ao palácio do governo.

Matéria de Renata Giraldi, Repórter da Agência Brasil, com informações da emissora estatal de televisão do Irã, PressTV