Matéria de Mariana Tokarnia e Renata Giraldi, Repórteres da Agência Brasil

Brasília – Os presidentes dos países do Mercosul, reunidos em Brasília, deverão intensificar os esforços para garantir a livre circulação de cidadãos dentro do bloco. A informação é do subsecretário-geral da América do Sul, Central e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Antonio José Ferreira Simões.

Simões disse hoje (5) que houve um apelo coletivo sobre o tema durante a Cúpula Social do Mercosul. “[O assunto] está na pauta do Mercosul. Já existem mecanismos que facilitam a circulação de pessoas. Mas há esforços para que essas negociações, já em curso, se transformem em algo real”, disse o embaixador.

Segundo Simões, a mobilidade foi facilitada ao longo dos anos. “Se olharmos de dez anos para cá, veremos que tivemos vários avanços”, argumentou. O objetivo agora é garantir a livre circulação, assunto que será discutido na reunião de Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, no dia 7, em Brasília.

Em 2009, o Parlamento do Mercosul aprovou recomendação ao bloco para que a livre circulação fosse concretizada. O então senador Aloizio Mercadante disse que era equivocada a visão de que os imigrantes contribuem para aumentar as taxas de desemprego e o índice de criminalidade.

O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai – que está suspenso do bloco até abril de 2013, como resultado do impeachment do presidente Fernando Lugo. Chile, Equador, Colômbia, Peru e Bolívia participam do bloco como países  associados. Há, ainda, dois membros observadores: México e Nova Zelândia.

Com a inclusão da Venezuela, o Mercosul reúne agora 270 milhões de habitantes, o equivalente a 70% da população da América do Sul. O Produto Interno Bruto (PIB) do bloco é US$ 3,3 trilhões, aproximadamente 83,2% do PIB sul-americano, ocupando um território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados, equivalente a 72% da região.