[media-credit id=823 align=”aligncenter” width=”285″][/media-credit]Assunção, 28 set (Prensa Latina) Centenas de famílias indígenas acamparam em uma zona central dessa capital e proclamaram hoje que o atual governo as mantém na miséria total.

Acompanhados com suas crianças, vestidos com roupas humildes e exigindo a entrega de alimentos, os moradores autóctones montaram seu acampamento exatamente diante da sede central do estatal Instituto Paraguaio do Indígena e bloquearam as ruas vizinhas.

Previamente, os integrantes do protesto marcharam até as instalações da Secretaria Nacional de Emergência e exigiram ali urgentemente a entrega de mantimentos dada a situação de carência que sofrem atualmente

Estamos vivendo na miséria total, entre lixo e moscas, por culpa desse governo liberal, declarou o dirigente Tomás Domínguez, alegando que as entidades oficiais se negam a entregar alimentos, colchões e ferramentas para seus trabalhos agrícolas.

Domínguez assegurou que, apesar da Secretaria de Emergência dispor dos recursos mínimos solicitados, o organismo cuja obrigação é atendê-los os ameaçou a irem à promotoria para desalojá-los do local.

Os indígenas vieram do departamento de Canindeyú, situado a mais de 240 quilômetros dessa capital, e negam-se a abandonar seu protesto assinalando que o Instituto descumpriu em várias ocasiões a promessa de levar o pedido até seus assentamentos nessa zona.

Desde sua chegada ao local, instalaram em plena rua uma panela gigante para cozinhar alimentos que são doados pelas pessoas e assim alimentar especialmente os menores que participam da manifestação.

Os nativos reiteraram que apenas concedendo suas reivindicações ou pelo uso da força pública, conseguirão sua retirada dos arredores da entidade estatal.