Dois dos mais importantes pontos da cidade de São Paulo foram tomados nos últimos dias 14 e 15 de maio por voluntários do Instituto Sou Paz. O grupo segurava placas com a mensagem Apoie o Controle de Armas e chamava a atenção de quem passava pela Avenida Paulista e pelo Parque do Ibirapuera para a importância da construção de um Tratado global que estabeleça regras para o comércio de armas e munições entre os países.

Heather Sutton, coordenadora de mobilização da área de controle de armas do Instituto Sou da Paz explica que a proposta do Tratado já está desde 2006 tramitando na ONU e agora o acordo começa a ser finalmente escrito. “Nesse momento se torna mais central ainda a pressão da população. É preciso que os diplomatas e representantes dos governos se comprometam em redigir e aprovar um Tratado que proteja a vida de seus cidadãos, respeite os direitos humanos e seja eficaz”, afirma Heather.

Para isso, durante os atos públicos as pessoas foram convidadas a assinar o Tratado do Povo, espécie de abaixo assinado mundial organizado pela campanha Control Arms.

**Contagem regressiva para o fim das bombas cluster**

Daqui a menos de 100 dias entra em vigor o Tratado de Oslo, acordo internacional que vai banir as bombas “cluster”. O Tratado foi assinado por 106 países e já ratificado por 33 e determina a proibição da produção, comércio e estocagem deste tipo de arma.

O Brasil – cujas Forças Armadas estocam as bombas cluster – se recusa a assinar o Tratado. Nosso país também é um dos últimos produtores deste tipo de armamento, através da empresa Avibrás. A Coalizão Contra as Bombas Cluster (CMC), rede de 350 organizações ao redor do mundo e da qual o Instituto Sou da Paz faz parte, está realizando uma série de ações para exigir do governo brasileiro a assinatura e ratificação do Tratado.

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