Um recente estudo, lançado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea – em parceria com a PUC-RJ reafirma que um maior controle de armas no Brasil se refletiu em milhares de vidas salvas. De acordo com a pesquisa, apenas no Estado de São Paulo no período de 2001 a 2007, mais de 13 mil vidas foram poupadas graças aos esforços de apreensão de armas, que se intensificaram após dezembro de 2003, quando o Estatuto do Desarmamento passou a vigorar.

“Cada vez mais estudos sérios demonstram a relação entre um maior controle das armas em circulação e a redução dos homicídios. Por isso é de fundamental importância continuar defendendo o Estatuto do Desarmamento e exigindo que sua implementação seja integral”, afirma Heather Sutton, coordenadora da área de controle de armas do Instituto Sou da Paz. Ela comenta que, para que isso aconteça, os órgãos responsáveis pelo controle de armas precisam se engajar e fazer da implementação do Estatuto uma prioridade, assim como vem fazendo a polícia paulista em relação à apreensão de armas de fogo. “ Esforços como o de São Paulo fazem toda a diferença não só para garantir que a lei saia do papel, mas para que tenhamos impactos positivos na redução das mortes”, aponta.

Leia matéria Estado de S. Paulo