O Fórum que ocorre de forma descentralizada, mas que concentra atividades em Porto Alegre, entre os dias 25 e 29 de janeiro, analisa o avanço da direita na América Latina, apesar do surgimento e consolidação de vários governos populares e de esquerda; a defesa mediante mobilizações das causas sociais; o terremoto devastador do Haiti e os desafios do Fórum Social nos próximos anos.

Durante a jornada de abertura, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, João Pedro Stédile, assinalou que “continuamos com a hegemonia total do capital e precisamos derrotá-la”.

O empresário Oded Grajew, inspirador do FSM, chamou a mobilização para que as propostas do Fórum se transformem em políticas públicas, ao mesmo tempo em que apoiou decididamente a necessidade de uma mudança de consciência individual, assim como a articulação de organizações que trabalhem para tornar possível outro mundo.

A abertura do Fórum, como em oportunidades anteriores, foi celebrada com a tradicional caminhada pelas ruas principais de Porto Alegre, com a participação de umas dez mil pessoas encabeçadas por representantes de diversas crenças religiosas de origem africana que, vestidos de branco, foram abrindo caminho.

Durante toda a semana em que se desenvolverá o Fórum Social Mundial, estão previstas mais de 600 atividades relativas à preservação do meio ambiente, a oposição aos produtos transgênicos, a defesa do petróleo brasileiro, a luta por um estado palestino, a liberdade religiosa e a liberdade sexual, entre outros temas.