O presidente da Assembléia Geral das Nações Unidas, Miguel d’Escoto e o coordenador da Marcha Mundial pela Paz e pela Não Violência, Rafael de la Rubia, reuniram-se em 16 de junho, na sede da ONU em Nova York para discutir o apoio do organismo internacional à iniciativa.

No encontro, que se estendeu por mais de uma hora, ambas as partes se comprometeram a trabalhar em conjunto para promover a Marcha Mundial e seus objetivos, que são comuns aos princípios fundacionais das Nações Unidas.

D’Escoto afirmou que apóia a Marcha Mundial pessoalmente, já que compartilha os objetivos e princípios que ele representa e almeja. Declarou que vai trabalhar para conseguir o apoio de outras nações-membro, como a Nicarágua, e que ajudaria na organização da Marcha na Ásia, Europa e nas Américas.

Ambas as partes concordam que deveria haver “tolerância zero” com relação às armas nucleares e que era imprescindível buscar sua erradicação definitiva, um dos principais objetivos da Marcha Mundial.

Ao término da reunião, de la Rubia encontrou-se com a Missão da China para as Nações Unidas, para explicar os objetivos da Marcha, discutir sua adesão e a realização da campanha na China.

A Marcha Mundial é uma iniciativa do Mundo Sem Guerras, uma organização internacional que promove a não-violência e trabalha para prevenir as guerras. Um grupo de marchantes internacionais percorrerá todos os continentes, partindo no dia 2 de outubro (Dia Internacional da Não-Violência) de Wellington (Nova Zelândia), terminando no dia 2 de janeiro de 2010 aos pés do monte Aconcágua, em Punta de Vacas (Argentina). Simultaneamente, serão realizados milhares de shows, fóruns, conferências e atos públicos em mais de 100 países.

Entre as adesões a essa iniciativa, encontram-se sete chefes de estados, entre eles Michelle Bachelet do Chile, Evo Morales da Bolívia e Cristina Kirchner da Argentina, vários prêmios Nobel, incluindo Rigoberta Menchu e Desmond Tutu, o ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter, a rainha Rania al-Abdullah da Jordânia e importantes figuras da música, do cinema e do esporte, como Yoko Ono, Penelope Cruz, Pedro Almodóvar e Zubin Metha. Conta, também, com o apoio de organizações internacionais, como Prefeitos pela Paz, Abolition 2000 e agências nacionais da Anistia Internacional.

As propostas da Marcha Mundial são: o desarmamento nuclear, a retirada imediata das tropas dos territórios ocupados, a redução progressiva e proporcional do armamento convencional, a assinatura de tratados de não agressão entre os países, a renúncia dos governos a utilizar as guerras como meio para resolver conflitos e criar uma consciência global que reconheça a necessidade de rejeitar todas as formas de violência e alcançar a paz.