No dia 13 de maio, na Associação da Imprensa de Madri, a organização humanista Mundo Sem Guerras realizou uma apresentação nacional da Marcha Mundial pela Paz e pela Não Violência. No ato, estiveram presentes centenas de pessoas, provenientes dos mais diversos campos, para manifestarem seu apoio ao projeto e, em certos casos, para informar sobre as iniciativas mais significativas que estão promovendo.

“Intencionamos que seja a maior manifestação pela Paz e pela Não Violência da história” disse Rafael de la Rubia. E prosseguiu “Essa Marcha, que será construída por muitas outras iniciativas simultâneas, entre os dias 2 de outubro de 2009 e 2 de janeiro de 2010, exige a eliminação das armas nucleares, a retirada das tropas invasoras dos territórios ocupados, um contrato assinado de não agressão entre países, o desarmamento proporcional e progressivo e o repúdio à guerra como forma de resolver conflitos. Queremos criar consciência e atentar para a necessidade de se repudiar todo tipo de violência”.

A Marcha Mundial pela Paz e pela Não Violência começou como um projeto da Associação humanista Mundo sem Guerras. Até o momento, somam cerca de 2 mil organizações em todo o mundo. Do projeto inicial com 40 países já são mais de 90, onde serão celebradas atividades em mais de 300 cidades. Conta com cerca de 400 mil adesões, entre elas 800 personalidades de áreas diversas: prêmios Nobel (Esquivel, Saramago, Menchú); intelectuais (Galeano, Chomsky) e, recentemente, os artistas espanhóis Penélope Cruz e Pedro Almodóvar.

Os presidentes da Argentina, Chile, Croácia e Timor Oriental aderiram à proposta e nestas próximas semanas serão somados outros governantes. Carmen Almendras, embaixadora da Bolívia na Espanha, participou da apresentação mostrando que “Bolívia é o primeiro país que em sua Constituição repudia a guerra como forma de resolver conflitos”.

Em seu discurso, Pau Segado, porta-voz do Movimento Humanista da Espanha, aprofundou-se sobre o sentido e a oportunidade que representa essa Marcha Mundial. “Há pouco tempo”, disse Segado, “esses objetivos foram tachados de utópicos e ingênuos. Hoje, em contrapartida, se discute e se aprova tais questões nos plenários e em organizações internacionais como as Nações Unidas. Foi aberta uma janela de oportunidade em meio à situação mais crítica e turbulenta que recordamos. É urgente e necessário criar a consciência pela paz e pela não violência”.

“O que tem em comum todos aqueles que aderem à Marcha Mundial pela Paz e pela Não Violência é que por uma questão de consciência apóiam a uma causa digna e a dividem com o outro. Não discriminamos nem impomos limites a todos aqueles que desejam se expressar pela paz e pela não violência”, disse o porta-voz.

Mais fotos: http://picasaweb.google.com/imagenpressenzaspain/PresentacionMMEnEspana#

Veja vídeo no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=BNWsfMltHk8

Para descarregar vídeo em diferentes qualidades: http://marchamundial.tv/Edicion/20090513PresentacionMM/

Tradução: Ana Cepeda