O Mundo sem Guerras realizará ações de protesto em diversas cidades e países neste 6º aniversário de uma guerra que nunca deveria ter começado. Protestamos naquele momento e hoje fazemos isso com mais força e autoridade moral, com base em centenas de milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas, além do sofrimento de um país inteiro que continua um verdadeiro inferno.

Além da invasão do Iraque, existem as guerras do Afeganistão, do Oriente Médio e mais de 30 conflitos mais ou menos declarados. Muitos de nós conhecemos muito bem as soluções: retirada dos territórios ocupados, redução proporcional das armas convencionais e eliminação total das armas nucleares.

Mas, não se trata somente das guerras existentes. Nesse momento de crise econômica generalizada, os grupos beligerantes que estão perdendo hegemonia mundial querem extremar as tensões até levá-las ao limite, como recentemente ocorreu com a invasão de Gaza. Está “tudo preparado” para utilização das armas nucleares “de baixo impacto” nos conflitos convencionais, como afirmaram alguns líderes políticos. Se chegam a dar esse passo, teremos um cenário como o do Iraque, mas em escala mundial.

Como resposta a essa situação extremamente perigosa, o Mundo sem Guerras lançou uma “Marcha Mundial pela Paz e pela Não-violência” que, se continuar nesse ritmo, vai se transformar na maior manifestação mundial da história a favor da Paz.

Mais de 1.500 organizações de todo o mundo estão aderindo a esta iniciativa. Entre elas, Abolition 2000, Mayors for Peace, Global Security Institute, OPANAL, The Peace Foundation, Fundación Cultura de Paz, assim como diversas personalidades como os presidentes Michelle Bachelet, Stjepan Mesic, Jose Ramos Horta, prêmios nobel como Adolfo Pérez Esquivel, Desmond Tutu, José Saramago, Dalai Lama, intelectuais como Noam Chomsky, Federico Mayor Zaragoza, Eduardo Galeano, Silo, ou artistas como Viggo Mortensen, Yoko Ono, Juanes, Lou Reed, Pete Seeger ou Zubin Metha, entre muitos outros.

A verdadeira saída está no caminho da não-violência. Isso quer dizer explorar ao máximo as vias da negociação, do acordo, do diálogo e abandonar definitivamente as vias da violência e da guerra. São cada vez mais os que apóiam esse caminho. Os Estados terão que renunciar à guerra como meio para resolver os conflitos. Assim, sairemos definitivamente da pré-história humana na qual ainda estamos.

Rafael de la Rubia

Coordenador internacional da Associação Mundo sem Guerras, organização que promove a Marcha Mundial pela Paz e pela Não Violência

E-mail: Rafael@mundosinguerras.org

http://www.mundosinguerras.org/