Dizem, e acredito, que para levar a condição de idoso numa boa, devemos manter viva a criança que nos habita. É ela que manterá nosso humor e a pré disposição para o novo. Por isso, quando na presença de outra pessoa idosa, acredite que a criança que te habita estará cumprimentando a criança que habita o outro ou outra. E assim, mesmo que sem muita intimidade, o caminhar lado a lado será sempre bom.
O que tem a ver o parágrafo acima com o título deste texto? Nada demais para além das historinhas de nossa infância, no caso, “Chapeuzinho Vermelho”. Fora isso, acho que ficou bonitinha a introdução.
Agora vamos ao que queria expor.
No caso, o Lobo seria a extrema direita e os nazistas concorrendo no pleito de 2026. Até lá, a esquerda continua dividida e, como inocente fosse lançando nomes aqui e ali, como se não tivessem consciência do que poderá acontecer, caso os defensores da PEC da Bandidagem conquistem a maioria no Senado.
Um parênteses. Sempre critiquei, e continuo a criticar, o pragmatismo eleitoral que nos levou, enquanto esquerda, ou em alguns casos, liberais mesmos, a nos afastar das camadas populares e/ou organizações da sociedade civil. A consequência evidenciou-se ainda em 2013, nas manifestações dos 20 centavos da passagem em São Paulo. Ninguém tem o direito de esquecer um dos principais ensinamentos da política: ”não existe vácuo na política”.
As Eleições estão chegando, os riscos de Lula ganhar são tão reais, quanto os deles de, até as eleições, levarem o povo ao esquecimento e votar neles a ponto de conseguirem a tal maioria no Senado, e porque não, na Câmara também, tudo é possível.
Hoje, os ventos estão a nosso favor, mas nos faltam quase 1 ano para a eleição. Como se comportarão as “democracias” ocidentais, que oficialmente nunca questionaram o governo Boso, ou pior ainda, o GENOCÍDIO nas terras PALESTINAS. Como irá se comportar a mídia da Faria Lima, do Agro e dos Bancos? Vamos apostar no bom senso deles?
Lula deixou claro em seu discurso na ONU, que foi muito além da soberania dos povos, foi também uma autocrítica as esquerdas mundiais e a nossa também. Críticas que sequer foram comentadas pela mídia e mesmo nos “posts” da esquerda. Lula foi claro ao apontar nosso afastamento das ruas, como também ao apontar que os discursos da esquerda em época de eleições são incisivos, para depois de eleita se aproximar do outro lado ao longo dos governos. Ainda nos coloca que, quando os mais “exaltados” vão para as ruas apanhar da polícia, ainda são chamados por nós de radicais, de esquerdistas.
Lula teve a coragem de assumir os nossos erros as vésperas da eleição. E nós, vamos fazer o que até as eleições? Esperar, enquanto seu lobo não vem?
Há braços.







