Vitória põe fim a impasse político e abre caminho para socialista liderar primeiro governo de coalizão da história recente do país. Margem apertada da votação indica período legislativo complicado para a esquerda.

O socialista Pedro Sánchez conseguiu nesta terça-feira (07/11) a maioria dos votos no Parlamento para obter um novo mandato como primeiro-ministro do país, conseguindo 167 votos a favor, 165 contra e 18 abstenções.

A vitória abre o caminho para o primeiro governo de coalizão na história recente do país. Entretanto a margem reduzida sugere que Sánchez possa ter diante de si um período legislativo complicado.

O resultado foi conseguido depois de uma primeira votação fracassada no domingo, quando Sánchez precisava da maioria absoluta dos membros da câmara baixa do Parlamento (pelo menos 176 dos 350 membros).

A votação desta terça-feira põe fim ao bloqueio político da Espanha, existentes desde as eleições gerais de 28 de abril de 2019, em que o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de Sánchez também venceu, mas não conseguiu formar maioria, o que obrigou a realização de novo pleito, em 10 de novembro.

Sánchez conseguiu se eleger com apoio da formação de esquerda Unidas Podemos (UP), com que formará uma coalizão de governo formal, com o apoio de vários pequenas legendas regionais e nacionalistas.

Os partidos independentistas de esquerda EH-Bildu (País Basco) e Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) se abstiveram. Os socialistas selaram um acordo com os separatistas catalães do ERC que, em contrapartida, deixaram caminho livre para uma nova coalizão, ao se absterem do voto.

Os votos contrários vieram dos partidos de direita e extrema-direita, Ciudadanos, PP, Vox; de duas legendas independentistas catalãs, JxCat e CUP, além de várias outras formações regionais conservadoras. Leer mais

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