A Global Sumud Flotilla, composta por cerca de vinte embarcações, foi obrigada a regressar ao porto de Barcelona na madrugada de 1º de setembro após enfrentar condições meteorológicas extremamente adversas pouco depois da sua saída inicial em 31 de agosto. Os organizadores relataram ventos que superavam os 30 nós (55,5 km/h ou 34,5 mph) e a natureza imprevisível do Mediterrâneo, que representavam um perigo significativo para as embarcações menores da flotilha. Uma tempestade que atingiu o litoral catalão os surpreendeu em alto-mar, obrigando-os a tomar a decisão de priorizar a segurança dos centenas de ativistas e voluntários a bordo.
A flotilha permaneceu atracada no Cais da Marina do porto barcelonês, onde foi realizada uma reunião geral em 1º de setembro para avaliar a situação e planejar a retomada da viagem.
Finalmente, após obter as autorizações necessárias e com a melhora das condições, a flotilha zarpou novamente de Barcelona às 19h30 (hora local) da segunda-feira, 1º de setembro. Sua partida inicial no domingo, 31 de agosto, às 15h00, havia sido acompanhada por uma multidão de cerca de 5.000 pessoas no Moll de la Fusta, que entoavam palavras de ordem como “Palestina livre”.

La Global Sumud Flotilla en el Puerto de Barcelona antes de su partida el 31 de agosto
Próximos passos e contexto
A flotilha planeja reencontrar-se com uma segunda leva de barcos na Tunísia em 4 de setembro, embora esse encontro possa sofrer ligeiro atraso devido às condições meteorológicas. Estima-se que a viagem até Gaza dure entre 7 e 8 dias. Esta é a quarta tentativa neste ano de realizar uma missão semelhante; as três anteriores (incluindo um barco em que viajava Greta Thunberg em junho) foram interceptadas pelo exército israelense em águas internacionais.
A missão ocorre em um contexto de agravamento extremo da crise humanitária em Gaza, com mais de 63.000 palestinos mortos e 340 mortos especificamente por desnutrição, entre eles 124 crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Contexto da resposta israelense: proposta de Itamar Ben Gvir contra os ativistas
Israel considera essas flotilhas como provocações que desviam dos canais seguros de ajuda. O exército israelense já interceptou flotilhas anteriores em águas internacionais, como no caso do Mavi Marmara em 2010, em que morreram 10 ativistas. Ben Gvir criticou a condução “branda” de incidentes anteriores e agora promove uma estratégia de maior dureza (turkiyetoday.com).
O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, apresentou um plano para catalogar como terroristas os participantes da flotilha. Essa medida inclui, entre outras: prisões em centros de alta segurança (como Ktzi’ot e Damon); a negação de privilégios como acesso a televisão, rádio ou alimentação especial; e a confiscação das embarcações para uso da polícia israelense.
Ben Gvir argumenta que isso é necessário para dissuadir futuras tentativas de romper o bloqueio a Gaza. A norma já conta com apoio judicial preliminar. No entanto, a efetivação desse plano ainda não está consumada. Sua aplicação dependerá da aprovação nas discussões com o primeiro-ministro Netanyahu e outros membros-chave do gabinete de segurança, como o ministro da Defesa, Israel Katz, e o ministro das Relações Exteriores, Gideon Sa’ar (jfeed.com). Fontes próximas a Ben Gvir reconhecem que buscam “eliminar o apetite” dos ativistas por novas tentativas, mas a decisão final e sua execução concreta recaem sobre a liderança política e militar israelense.
Manifestações de apoio à Global Sumud Flotilla
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Manifestação de apoio em Madri, percorrendo o Parque de Madrid Río

Manifestación en apoyo “Global Sumud Flotilla” desde los jardines “Madrid Rio”
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Manifestação de apoio em Sevilha

Manifestación en apoyo desde Sevilla a la Samud Flotilla
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Manifestação de apoio em Pineda del Mar

Manifestación en apoyo desde Sevilla a la Samud Flotilla
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Manifestação de apoio em Valência

Manifestación en apoyo desde Sevilla a la Samud Flotilla
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Manifestação de apoio em Vigo

Manifestacion de apoyo a la Global Sumud Flotilla en Vigo







