Em recente declaração, Nafi Ahmed Mohamed, secretário-geral da União dos Jornalistas e Escritores Saharauis, denunciou a crescente repressão marroquina no Sahara Ocidental. A liberdade de expressão, considerada um crime pela ocupação marroquina, tem levado os jornalistas saharauis a enfrentar detenções ilegais e condições desumanas atrás das grades.

Mohamed destacou a situação dos profissionais saharauis da comunicação social, injustamente detidos nas prisões marroquinas, pagando o preço da liberdade de expressão. Durante uma pausa na campanha contra a candidatura de Marrocos à presidência do Conselho dos Direitos do Homem da ONU, a União dos Jornalistas e Escritores Saharauis revelou a perseguição sistemática dos jornalistas saharauis. As casas são cercadas, as chamadas telefónicas e as contas nas redes sociais são rastreadas, tudo com o objetivo de silenciar a verdade.

A União dos Jornalistas e Escritores Saharauis lançou um apelo urgente às organizações internacionais para que libertem os presos políticos saharauis, nomeadamente os jornalistas que, em protesto contra as condições desumanas de detenção, fazem greves da fome. A repressão marroquina, segundo Mohamed, é uma tática para minar o moral do povo saharaui e atacar a sua identidade numa guerra psicológica.

No momento em que Marrocos pretende presidir ao Conselho dos Direitos do Homem da ONU, a comunidade internacional deve unir-se para fazer face aos abusos cometidos no Sahara Ocidental. A União dos Jornalistas e Escritores Saharauis apela aos escritores e profissionais da comunicação social para que defendam a justiça da luta do povo saharaui e resistam às políticas coloniais. A ocupação marroquina, que procura minar a unidade saharaui, enfrenta a resistência daqueles que procuram a verdade e a justiça no meio de uma intensificação da ocupação e do encerramento da região aos observadores internacionais.

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