ARTES VISUAIS

Por CWeA Comunicação 

 

Inaugurada em novembro de 2022, a galeria discute agora o conceito do retrato – presente ao longo da história da arte – sob a ótica de temas atuais, como questões políticas, sociais, de racismo e gênero, nos diferentes trabalhos e pesquisas dos artistas Alan Oju, André Barion,Andy Villela, Bruno Alves, Emerson Freire, Gustavo Magalhães,Irineia Rosa Nunes da Silva, Lucas Almeida, Leoa, Melissa Oliveira, Marlon Amaro, Miguel Afa e Siwaju. O texto crítico é do fotógrafo Bob Wolfenson.

 

Nonada, Copacabana,Rio de Janeiro

Abertura: 18 de março de 2023, às 11h

Até: 8 de abril de 2023

Texto crítico: Bob Wolfenson

Entrada gratuita

 

Nonada, em Copacabana, vai inaugurar no dia 18 de março de 2023, às 11h, a exposição “Fetiche: retrato”, com trabalhos dos artistas Alan Oju (1985, Santo André, SP), André Barion (1996, São Paulo), Andy Villela (1994, Rio de Janeiro), Bruno Alves (1998, São Paulo), Emerson Freire (1995, São Paulo), Gustavo Magalhães (1998, Goioerê, Paraná), Irineia Rosa Nunes da Silva (1949, povoado quilombola do Muquém, Alagoas), Lucas Almeida (1995, São Paulo), Leoa (Renata Costa, 1997, Rio de Janeiro), Melissa Oliveira (2000, Rio de Janeiro), Marlon Amaro(1987, Niterói),Miguel Afa (1987, Rio de Janeiro), Siwaju (1997, São Paulo).O texto crítico é do fotógrafo Bob Wolfenson, reconhecido por seus retratos. A exposição fica em cartaz até o dia 8 de abril de 2023. 

Os trabalhos são em grande parte pinturas, com diversos materiais, e ainda esculturas e fotografias. “A exposição faz um breve recorte sobre como o retrato, que é um dos mais antigos sujeitos da história da arte, encontra ressonância nesses artistas que têm dialéticas tão distintas, mas que trabalham sobre a representação humana e seus desdobramentos contemporâneos”, diz Paulo Azeco, um dos sócios da galeria inaugurada em novembro de 2022.  

“Vivemos em uma sociedade fetichizada, onde tudo é elevado, maximizado. Num momento onde o retrato, representado pela compulsão pela autoimagem e selfies, toma lugar daquele outrora idealizado, o fetiche não é mais aquele enquanto prática. O erotismo está em se mostrar, mesmo que por filtros e camadas de mentira. O mundo está refém do espelho, o Narciso deixa o consultório do psicólogo e alcança a grande massa”, comenta.

 

SOBRE A NONADA

Nonada é uma galeria dedicada a dar visibilidade à excelência da produção artística, pesquisa e debate plural, e seu interesse é principalmente por temas atuais, como as questões políticas, sociais, de racismo e gênero.  Além de seu espaço em Copacabana, com 70 metros quadrados na Rua Aires Saldanha, próximo à Rua Bolívar – área boêmia e perto do futuro Museu da Imagem do Som – a Nonada está instalada na Penha, em uma área de mais de 200 metros quadrados e 4,5 metros de altura, onde funcionou, de 1968 a 2015, uma fábrica de moda praia e lingerie.  

A iniciativa da criação da Nonada é de Paulo Azeco e João Paulo Balsini, a que se juntaram os dois irmãos Ludwig Danielian e Luiz Danielian, donos da Danielian Galeria, na Gávea.  “Há uma qualidade impressionante de trabalhos feitos por artistas que não têm tanto acesso ao circuito de galerias, que trazem temas atuais, entre eles questões políticas, sociais, de racismo e gênero. Queremos apresentar de forma plural novos talentos, visões e força criativa”, explica Paulo Azeco, graduado em Artes Visuais na Universidade Federal de Goiás com pós-graduação em “Métiers d’art: les Arts Appliqué”, na École Boulle”, em Paris, e uma longa trajetória em galerias importantes em São Paulo. Ludwig Danielian conta que sempre desejou ter um espaço de arte no subúrbio, diferente da atuação na Gávea. Com o projeto de Paulo Azeco e João Paulo Balsini – colecionador de arte e advogado com atuação em políticas públicas – revitalizou, junto com seu irmão Luiz Danielian, a fábrica criada por seu pai.

Nonada é a palavra que abre uma das obras fundamentais da literatura brasileira, “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa (27 de junho de 190819 de novembro de 1967), “um neologismo criado para representar o não-lugar ou a negação de existência”, escrevem os sócios no texto de apresentação do novo espaço de arte. “Nonada é um lugar híbrido: pesquisa, acolhe, expõe e dialoga. Deixa de ser nada e passa a ser essência por acreditar que o mundo precisa de arte, e que a arte por si só já é lugar. Parte da ideia do não-lugar para ilustrar uma visão que, ao se afastar de rótulos, amplia diálogos, se norteando pela pesquisa, o debate e a importância da curadoria. A galeria de arte enquanto agente promotor de encontros e descobertas com anseio pela experimentação”. 

Serviço: Exposição “Fetiche: retrato”

Abertura: 18 de março de 2023, às 11h

Até: 8 de abril de 2023

Nonada

Rua Aires Saldanha, 24, Copacabana

Terça a sexta, das 11h às 19h

Sábado, das 11h às 15h

Entrada gratuita