António Guterres, Secretário-geral das Nações Unidas, pediu ao povo libanês por calma durante os protestos públicos que se estão a espalhar por todo o país. Estes protestos expõem problemas graves como cortes de energia frequentes e falta de eleições políticas. As paupérrimas condições económicas e aumento dos preços de óleo e pão também são queixas válidas.

Com um prejuízo de mais de $3.5b por encerramento de fábricas e queda na produção de gás, a Corporação Nacional de Óleo gerou, consequentemente, um enorme efeito na rede de energia nacional. Além disso, o setor de energia também sucumbiu às mãos de façõespolíticas, resultando numa onda de encerramentos forçados de instalações petrolíferas desde Abril.

Depois de um ano de alguma paz páblica, muito Libaneses parecem ter ficado sem paciência. Protestos começaram a tomar conta das ruas em várias partes do país, especialmente em Tobruk, Benghazi e Tripoli. Milhares de manifestantes gritaram “queremos luz para trabalhar” vezes e vezes sem conta.

Apesar das fações da Líbia em Génova, convocadas pela conselheira especial das Nações Unidas, Stephanie Williams, terem feito algum progresso na semana passada, não houve nenhum acordo em relação a uma constituição para eleições nacionais.

“O direito das pessoas protestarem pacificamente deve ser respeitado e protegido, mas motins e atos de vandalismo, comoa invasão do Parlamento ontem em Tobruk é completamente inadmissível”, Williams publicou no Twitter no Sábado.

Na passada sexta-feira, dia depois do falhado acordo de Génova, manifestantes frustrados invadiram o Parlamento, em Tobruk, em resultado das humilhantes condições de vida a que a população foi submetida e a decadência da expressão política pública.

Uma declaração feita pelo Gabinete de Guterres afirma que “o Secretário-geral está preocupado com as manifestações que estão a acontecer em várias cidades na Líbia”.

Numa tentativa de pedir por protestos pacíficos, o Secretário-geral implorou aos cidadãos que “evitassem atos de violência e às forças de segurança para exercem o seu poder com a maior restrição possível”.

José Sabadell, o enviado pela União Europeia na Líbia, também pediu aos manifestantes para “evitarem qualquer tipo de violência” e que estes protestos representam o deseja da população querer “mudança através de eleições e que as suas vozes sejam ouvidas”.