CULTURA

Por CWeA Comunicação

 

Durante todo o mês, os fins de semana do Museu do Pontal serão dedicados a celebrar a beleza da cultura e a força dos povos originários do Brasil. As atividades, gratuitas, foram orientadas por artistas e lideranças indígenas de diversas etnias: são oficinas de dança, canto e pintura corporal, plantio de ervas medicinais, conhecimento das plantas sagradas e contação de histórias. No dia 18 de abril será realizada a live Mulheres indígenas na cerâmica, das 17h às 19h, no canal do Museu do Pontal no Youtube.

 

Museu do Pontal, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

Entrada gratuita ou contribuição voluntária
pela plataforma Sympla – https://site.bileto.sympla.com.br/museudopontal/

Protocolo anti-Covid – Será exigido comprovante de vacina

 

O Museu do Pontal vai dedicar durante o mês de abril sua programação cultural e educativa dos fins de semana a celebrar a beleza da cultura e a força dos povos originários do Brasil. As atividades, gratuitas, são orientadas por artistas e lideranças indígenas de diversas etnias: são oficinas de dança, canto e pintura corporal, plantio de ervas medicinais, conhecimento das plantas sagradas e contação de histórias.

No dia 2 de abril, sábado, serão destaques a oficina com Piratá Wará, fotógrafo da nação Wará, que há mais de 30 anos registra o cotidiano e rituais de seu povo no Alto Xingu, no Mato Grosso. Dauá Silva, da etnia Puri, do Rio de Janeiro, lançou o primeiro livro bilíngüe Puri/Português “Tempo de Escuta – Alkeh Poteh e Histórias infantis”. Ele se autodefine como um “Contador e Caçador de Histórias”, e apresentará para as crianças histórias e cantos Puri.

Além de celebrar a contribuição estrutural dos indígenas para a cultura brasileira, a programação também busca chamar atenção para a importância da manutenção e ampliação dos seus direitos.

DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO EM ABRIL

  • Dia 2

16h – Dauá Puri – Histórias e Cantos Puri

17h – Piratá Wará – exibição de filmes e fotos da nação Wará, Xingu

  • Dia 3 

16h – Elvira Alves – Oficina de colares de sementes

  • Dia 9

16h – Silvan Galvão – Ritmos tradicionais da Amazônia 

  • Dia 10

16h – Pacari Pataxó – Oficina de flautas e apitos – meios de comunicação indígena 

  • Dia 16

16h – Tafke-â Cruz – Pintura corporal, dança e canto 

  • Dia 17

16h – XumayaXya – Plantas medicinais sagradas

No percurso das seis exposições em cartaz, “Novos ares! Pontal reinventado”, o público pode ver a beleza das  Bonecas Karajá – entre os segmentos “Terra, Terra” e “Entre Beiras e Margens”. A respeito desta cultura, está na parede um texto de Ailton Krenak, em que comenta a ligação proposta pela curadoria de associar a terra ao fogo, ao ar e à água em um só entendimento de que “nós somos natureza, e essa interdependência é vital.”

 

MULHERES INDÍGENAS NA CERÂMICA – LIVE 

No dia 18 de abril, o Museu do Pontal fará a live Mulheres indígenas na cerâmica, das 17h às 19h, em seu canal no Youtube.

A cerâmica tem presença fundamental na cultura material indígena, nas mais diversas etnias e povos indígenas no Brasil. O objetivo desta conversa aberta é entender a questão da cerâmica é vista em diferentes contextos, a partir da perspectiva feminina e indígena – na aldeia, inserida na vida cotidiana; a dimensão ritual; e sua compreensão como parte do patrimônio imaterial e dos museus. E ainda de que maneira se articula a produção da cerâmica, e que relações são estabelecidas a partir dela: memória, construção de conhecimento, cotidiano da roça e da feitura dos alimentos, no estabelecimento das relações identitárias e na manutenção dos vínculos intergeracionais. Os convidados e seus temas são:

Francy Baniwa – “Mulheres indígenas na cerâmica”;

Waxiaki Karajá – “A tradição das bonecas karajá”; e

Chang Whan – “A cerâmica indígena como documento cultural e de memória”.

 

PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA CULTURAL COMPLETA – ABRIL

  • SÁBADO, DIA 2 DE ABRIL

11h e 15h – Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira

Classificação: livre

Capacidade: dez pessoas a cada vez.

As visitas musicadas foram criadas para atender a uma demanda do público que quer conhecer mais profundamente a arte popular do Brasil. Os roteiros são adaptados às diferentes faixas etárias, e alguns temas podem ser priorizados durante a visita, de acordo com a solicitação do público. São visitas lúdicas, que mexem com a memória afetiva dos visitantes, em que são utilizados diferentes instrumentos musicais que tocam ritmos tipicamente brasileiros como samba, forró, coco, jongo, maracatu, ciranda e capoeira, entre outros, sempre de acordo com o tema abordado no acervo. Durante a visita, os participantes são estimulados a refletirem sobre a diversidade cultural brasileira, as relações entre o mundo do campo e o das grandes cidades, os processos migratórios, as diferentes profissões, as práticas sociais, as relações familiares, as festividades, a espiritualidade e, ainda, sobre questões próprias ao universo das artes plásticas, os processos criativos dos artistas e os materiais que utilizam para fazer suas esculturas.

12h e 17h – Baú de Brinquedos

Classificação: livre

Os arte-educadores do Museu do Pontal estimulam a criançada a conhecerem o Baú de Brinquedos Populares. Nesta iniciativa inédita, o público infantil brinca com ioiôs, bilboquês, petecas, piões, fantoches, elásticos e cordas para pular, giz para riscar amarelinha e bambolês. As esculturas vistas nas exposições, especialmente na Brincares – brincadeiras e brincantes, enfocam várias dessas brincadeiras, e esta atividade promove um contato lúdico ao ar livre, na grande Praça-Jardim, na parte frontal do Museu. Em caso de chuva, a atividade acontece na Sala Multiuso.

16hHistórias e Cantos Puri, com o caçador de histórias Dauá Puri 

Classificação: livre

Capacidade: 100 pessoas
Inscrições:  https://bileto.sympla.com.br/event/72451

O “caçador de histórias” Dauá Puri usa instrumentos construídos por ele com a “matéria prima que a natureza nos oferece”. São flautas, pios, maracá, viola de taquara, várias criações com bambu e cabaça, para suas atividades lúdicas de contacão de histórias, canto e dança com o tema “Arvore é Vida”. O objetivo é a sensibilização para a importância das árvores e plantas na sobrevivência do ser humano na Terra. As histórias e cantos indígenas são da etnia Puri, do tronco linguístico macro Jê, da região sudeste, com movimentação nos territórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. “As sonoridades encantadoras do bambu e outros materiais naturais levam o público a uma viagem pelas beiras do Rio Paraíba do Sul, para uma conexão com a Mata Atlântica dos indígenas Puri”, conta Dauá Puri.

Dauá Puri é ator, cenógrafo, músico, compositor, contador de histórias, escritor dos livros “Alkeh Poteh – Poeira de Luz”, primeiro livro bilíngüe puri/português; “Histórias Boas de Contar Índios”, “Chagas Abertas das Américas”, textos de poesias para teatro. Graduado em Educação do Campo pela Universidade Federal de Viçosa, onde fundou o Grupo de Estudos Povos Originários. É membro do coletivo indígena Aldeia Maracanã.

17h – Piratá Waurá Imersão na cultura Wauja, Xingu, com exibição de filmes e fotos

Inscrições: https://bileto.sympla.com.br/event/72452

 

Piratá Waurá, historiador, fotógrafo, cineasta do povo Wauja, habitante do Parque Indígena do Xingu, convida o público a uma viagem em três atos, mesclando elementos de seu acervo fotográfico e audiovisual com histórias e cantos, em que conduz a uma jornada tecendo conexões entre o visível e invisível. Provoca o público a refletir sobre a crise climática e a luta indígena. A partir do projeto Conexões Climáticas Criativas, intercâmbio cultural entre jovens do País de Gales e do povo Wauja, o audiovisual é usado para partilhar experiências como o impacto das mudanças climáticas no dia a dia, e também como ferramenta de denúncia e luta.

De forma resumida, os três atos vão abordar:

  1. “Tradição e Cultura Wauja” – Desde a dimensão ritual e ancestral dos cantos e ornamentos à cerâmica tradicional e o modo de vida xinguano integrado à natureza e ao mundo ocidental. Quem são o povo Wauja, sua aldeia, seus costumes e rituais;
  2. “A gruta sagrada do Kamukuwaká – Realidade Virtual” – Selecionado pelo Festival de Cinema CPH:DOX (23 de março a 3 de abril de 2022 em Copenhagem). O vídeo mostra este importante sítio arqueológico que guarda crenças, costumes e história, que foi violentamente depredado.  Recursos da realidade virtual permitem que as antigas e novas gerações de indígenas tenham a chance de viajar de volta à caverna sagrada, que é considerada seu “livro de aprendizado”.
  3.  “Mudanças Climáticas” – vídeo feito para o projeto Conexões Climáticas Criativas sobre as mudanças climáticas e seus impactos na comunidade, com registros das queimadas e partilha sobre a interação com os jovens.

Piratá Waurá é professor da escola indígena da aldeia Piyulaga A Terra Indígena do Xingu, e faz parte da AIT (Associação Indígena Tulukai), que tem como missão a preservação da cultura Wauja, seu território, floresta e recursos naturais por meio de projetos culturais, artísticos, ambientais e de desenvolvimento sustentável. É também parceiro da People’s Palace Projects desde 2018, e vem desenvolvendo projetos colaborativos de intercâmbio cultural no Reino Unido, Brasil e Espanha, buscando a preservação da identidade indígena e memória, apresentando a cultura Wauja, a realidade do território e o meio ambiente a partir de sua própria perspectiva.

  • DOMINGO, DIA 3 DE ABRIL

11h e 15h – Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira

12h e 17h – Baú de Brinquedos

16h – Oficina de colares de sementes com Elvira Alves

Classificação: livre

Capacidade: 30 crianças

Inscrições: https://bileto.sympla.com.br/event/72466

Com a oficina, Elvira Alves busca despertar o interesse das pessoas pelo conhecimento da cultura dos povos nativos através da confecção de biojoias – colares de sementes, anéis, pulseiras, artes diversas e outros acessórios artesanais indígenas.

Elvira Alves Sateré Mawé Satere Mawè nasceu no Amazonas e foi criada no Rio de Janeiro, onde mora, depois de viver por 20 anos em São Paulo. “Mulher, indígena, guerreira, artesã, sonhadora, empreendedora, artista, alma liberta”, ela foi tesoureira da Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM), de 2016 a 2018, quando também coordenou os eventos da instituição, como o Dia do Índio e o Dia Internacional dos Povos Indígenas. Oficineira, desenvolveu trabalho em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro, na Biblioteca Parque de Niterói; coordenou a participação indígena na Feira da Lavradio de 2016 a 2021; coordenou a participação dos indígenas nos Evento Plante Rio – Fundição Progresso, em 2019 e 2020, entre outros eventos.

  • SÁBADO, DIA 9 DE ABRIL

16h – Silvan Galvão – Rítmos Tradicionais da Amazônia 

  • DOMINGO, DIA 10 DE ABRIL

11h e 15h – Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira

12h e 17h – Baú de Brinquedos

16h – Pacari Pataxó – Oficina de flautas e apitos – meios de comunicação indígena

Classificação: livre

Capacidade: 30 crianças + pais

Da Aldeia Mãe Barra Velha, uma das mais antigas de todo povo Pataxó da região do sul da Bahia, Pacari Pataxó vai levar o bambu e suas ferramentas para as crianças observarem a confecção de uma flauta. Com a flauta pronta, Pataxó irá mostrar como era o meio de comunicação do povo indígena na floresta há muitos anos através do apito, reptxoy e da flauta.  Pacari Pataxó irá reproduzir o som dos pássaros com estes instrumentos.

 

  • SÁBADO, DIA 16 DE ABRIL

11h e 15h – Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira

12h e 17h – Baú de Brinquedos

16h –Tafke-â Cruz – Pintura corporal, dança e canto 

Classificação: livre

Capacidade: 100 pessoas

Três guerreiros da etnia Fulni-ô – kuaiá, Wéliso e José – vão ensinar pintura corporal, dança e canto, e falarão sobre sua cultura. Eles pintarão as crianças e farão com elas uma roda de canto

 

  • DOMINGO, DIA 17 DE ABRIL

11h e 15h – Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira

12h e 17h – Baú de Brinquedos

16h – Plantas medicinais sagradas, com Xumaya Xya 

Classificação: livre

Capacidade: 40 crianças

Xumaya Xya – “a minha origem, a minha terra, eu sou uma semente que brota da terra sagrada” – falará sobre a cura pela floresta e suas plantas medicinais. Depois, ele coordenará o plantio na horta do Museu do Pontal, das ervas medicinais usadas em sua tribo e trazidas por ele.

 

Serviço: Museu do Pontal – Programação de em abril – a cultura e a força dos povos originários do Brasil

Aos sábados e domingos de abril de 2022

Museu do Pontal

Avenida Celia Ribeiro da Silva Mendes, 3.300, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, CEP 22790-711 [ao lado do condomínio Alphaville Residências]

Quinta a domingo, das 10h às 18h (o acesso às exposições se encerra às 17h30, meia hora antes do horário de fechamento do Museu)

Protocolo anti-Covid – Será exigido comprovante de vacina

Ingressos pelo link https://site.bileto.sympla.com.br/museudopontal/, onde se pode garantir o ingresso, gratuito ou com contribuição voluntária

O acesso aos espaços expositivos é limitado, e para maior segurança recomenda-se o agendamento prévio.

 

Canais digitais: 

Site: http://www.museudopontal.org.br/

Instagram: @museudopontal

Youtube: www.youtube.com/museudopontaloficial

Facebook: @museudopontaloficial