Por Abdus Sattar Ghazali*

 

Três candidatos muçulmanos foram reeleitos para a Câmara dos Deputados na eleição de terça-feira. Ilhan Omar venceu no 5° Distrito Congressional de Minnesota e Rashida Tlaib venceu no 13° Distrito Congressional de Michigan. Elas foram as primeiras mulheres muçulmanas a serem eleitas para o Congresso em 2018. Em Indiana, o deputado democrata Andre D. Carson foi reeleito pelo 7° Distrito.

A deputada americana Ilhan Omar ganhou um segundo mandato no Congresso. Omar, 38 anos, derrotou seu candidato republicano, o empresário afro-americano Lacy Johnson, por 64,6% dos votos contra 25,9%, de acordo com a agência de notícias The Associated Press com 99% dos votos contados.

Omar é a primeira somaliana-americana a fazer parte do Congresso dos Estados Unidos e uma das primeiras duas muçulmanas a ser eleita para a Casa em 2018.

A candidata democrata Rashida Talib, de ascendência palestina, derrotou o candidato republicano David Dudenhofer com o 13° distrito de Michigan.

Após a vitória, Rashida Talib anunciou que em seu segundo mandato no Congresso, ela daria prioridade máxima à prevenção do Covid-19 e ainda pressionaria pelos Direitos Humanos na Palestina.

As duas mulheres fazem parte de um quarteto de congressistas da mesma opinião conhecidas como “O Esquadrão”, admiradas na Esquerda por desafiar o status quo em Washington.

Os membros do Esquadrão, Ayanna Pressley de Massachusetts e Alexandria Ocasio-Cortez de Nova York, também mantiveram suas cadeiras.

O deputado americano André D. Carson foi reeleito pelo 7° Distrito de Indiana. Ele derrotou a republicana Catherine Ping e a libertária Chris Mayo.

Carson foi eleito pela primeira vez para o Congresso em 2008. Anteriormente, atuou na Câmara Municipal de Indianápolis.

Ele ganhou as primárias em maio com quase 88% dos votos. Carson tem sido o deputado do 7º distrito desde que ele ganhou uma eleição especial em 2008 após a morte da representante anterior, sua avó Julia Carson.

69% dos eleitores muçulmanos votaram em Biden

A pesquisa eleitoral da CAIR (Conselho de relações Islâmico-americanas) indicou que aproximadamente 69% dos eleitores muçulmanos votaram no candidato presidencial democrata Joe Biden, enquanto 17% apoiaram o presidente Donald Trump.

O Conselho de Relações Islâmico-Americanas (CAIR), a maior organização de defesa dos Direitos Civis muçulmanos do país, divulgou os resultados da sua pesquisa eleitoral das eleições presidenciais de 2020, na terça-feira.

O Conselho mostrou que mais de um milhão de eleitores americanos muçulmanos bateram recorde de números neste ciclo eleitoral. O Diretor Executivo Nacional Da CAIR, Nihad Awad, afirmou que “a capacidade significativa da comunidade muçulmana de impactar os resultados de numerosas disputas em todo o país – incluindo a eleição presidencial – foi reconhecida nacionalmente.”

O diretor de Relações Governamentais, Robert s McCaw, afirmou que não havia como negar o papel que a comunidade muçulmana desempenha na política local, estadual e nacional. “Agora é o momento de cobrar os políticos que elegemos para o cargo a fim de garantir que os direitos civis e religiosos de todos os americanos sejam defendidos e protegidos”, disse McCaw.

Comparado com as eleições de 2016, na qual o então presidente eleito Donald Trump recebeu 13% dos votos muçulmanos, Trump em 2020 recebeu 4% mais apoio.


* Abdus Sattar Ghazali é o Editor chefe do Journal of America (www.journalofamerica.net)
email: asghazali2011@gmail.com

 

Traduzido do inglês por Jenifer Paz Araujo / Revisado por Isabela Gonçalves

O artigo original pode ser visto aquí