A congressista americana de origem muçulmana, Ilhan Omar, condenou ontem Israel por violar o direito internacional após a demolição de uma aldeia palestina na Cisjordânia ocupada no início desta semana.

As críticas vêm depois que o primeiro-ministro palestino, Mohammed Shtayyeh, acusou as tropas israelenses de terem “demolido completamente a vila de Homsa al-Baqia, deixando cerca de 80 pessoas desabrigadas”.

Em um tweet, Omar disse: “Este é um crime grave – em violação direta ao direito internacional. Se eles usaram qualquer equipamento dos EUA, isso também viola as leis dos EUA”, observando que a lei federal proíbe que equipamentos militares financiados pelos EUA sejam usados para cometer crimes de guerra.

Este é um crime grave – em violação direta ao direito internacional. Se eles usaram qualquer equipamento dos EUA, isso também viola a lei dos EUA. Uma comunidade inteira agora está sem teto e provavelmente passará por traumas para toda a vida. Os Estados Unidos da América não deveriam financiar a limpeza étnica. Em lugar nenhum. https://t.co/cdJgqS6Nwe 

Ilhan Omar (@IlhanMN) 6 de novembro de 2020

“Uma comunidade inteira agora está sem teto e provavelmente passará por traumas para toda a vida. Os Estados Unidos da América não deveriam financiar a limpeza étnica. Em lugar nenhum.”

A política amplamente praticada por Israel de demolições de casas visando famílias inteiras são atos de punição coletiva ilegal e são uma violação direta ao Direito Internacional dos Direitos Humanos.

Omar, uma defensora vocal da Palestina, já havia sido criticada por seus comentários sobre Israel.

Em agosto de 2019, ela e a representante norte-americana de origem Palestina do Michigan, Rashida Tlaib, tiveram sua entrada negada em Israel, supostamente a pedido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para uma excursão organizada a Jerusalém e à Cisjordânia ocupada.

Omar garantiu um segundo mandato na Câmara depois de derrotar seu adversário republicano, o empresário afro-americano Lacy Johnson, no início desta semana.

Ela também é membro de um grupo no congresso conhecido como “The Squad”, que tem a reputação de ser esquerdista e crítico em relação a Israel. O esquadrão inclui a congressista de Nova York, Alexandria Ocasio-Cortez, Rashida Tlaib e Ayanna Presley, de Massachusetts.


Traduzido do inglês por Marcella Santiago / Revisado por Isabela Gonçalves

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