Em 2020 teremos eleições municipais no Brasil, e com elas os projetos de candidaturas coletivas que tem chacoalhando o mundo inteiro. Políticos novos e que não se indentificam com o establishment propõe dar voz a grupos historicamente marginalizados. Para entender mais sobre este tema, entrevistamos Régis Marques, diretor da escola estadual Parque dos Sonhos, em Cubatão (SP).

Pressenza – O que são candidaturas coletivas?

Regis Marques – Candidaturas coletivas  são grupos formados para participar do pleito eleitoral. As candidaturas coletivas surgem em.um contexto de falta de representatividade, e como forma de baratear campanhas, gerar união e dar mais força para os candidatos. Por outro lado, as candidaturas coletivas tem por objetivo dar voz a parte da população que é esquecida pela políticos tradicionais. Por fim, fazer frente às bancadas da bala, da bíblia e do boi.

P. Há experiências como estas no Brasil? E no mundo ?

R.M. – Existem exemplos de candidaturas coletivas não só no Brasil como no mundo, por exemplo, bancada ativista, gabinetona, dobradona, no Brasil, Frente Ampla no Chile e o Podemos na Espanha.

P. – Tendo em vista a crise de representatividade latente do atual cenário político mundial, como tais bancadas podem atuar para dar voz à população ?

Atualmente é evidente que vivemos uma crise de representatividade, muitos políticos após eleitos esquecem dos eleitores que o colocaram lá e atuam de acordo com sua própria vontade. Diferente desta política personalista, candidaturas coletivas vem justamente para se opor a este sistema, atuar mais próximo da população.

P. Quais são suas principais propostas?

R.M. – As principais propostas das candidaturas coletivas são: estar mais próximo dos eleitores, dar voz aos excluídos, se contrapor à bancada da bala, da bíblia e do boi, propor projetos pela paz e não violência.